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12 de out. de 2013

VENCENDO O CANSAÇO


Amigos,


Está aí. Passei por cima do cansaço, e peguei hoje o meu ingresso para o jogo de amanhã. Cabem duas explicações:


- primeiro, é meia-entrada porque sou Sócio-Torcedor na modalidade Sem Fronteiras. Muitos podem estranhar, por ser um plano tipicamente para quem mora fora do estado, mas ele me atende bem. Pago 25 reais por mês tendo direito a meia-entrada em alguns setores. Para mim pareceu melhor do que pagar 50 reais e ter entrada para só um setor, isto porque eventualmente vou com outras pessoas, meu pai, o amigo que foi na final do estadual em Volta Redonda, o pessoal do trabalho, e o Paret, e cada um tem sua preferência de local, tanto no Maraca como antes, no Engenhão.

- segundo, é sobre este cansaço, na verdade consequência de uma gripe pesada, ela mesma consequência de exageros cometidos por quem já se aproxima dos 50 anos... uma ida a escola de samba num sábado, uma festa de bodas de prata na outra sexta, o Rock in Rio no domingo, e um jogo do Botafogo, contra este mesmo Flamengo, na quarta, com vento e chuvisco. E pronto, estou eu me arrastando a quase duas semanas, tendo faltado a jogos importantes, como contra Ponte e o Grêmio.

Mas superei esta fase, e estarei amanhã, quase firme e quase forte. Não será 100%, mas em condições de ver um Botafogo, também em recuperação, derrotar o Flamengo. É isto que todos esperamos.

Pois é, e já que falei em cansaço, e falei em Botafogo se recuperando, venho trazer nesta postagem uma avaliação que fiz. Tanto se falou da nossa queda de rendimento, do cansaço que o time está sofrendo, se tem ou não tem elenco, de como jogadores se mostram mal física e tecnicamente. Até o boato de briga no elenco, com turma do Seedorf e turma do Jefferson, coisa que saiu em rádios e blogs, e que eu ouvi inclusive de um colega de trabalho, que está sempre com o pai de um importante membro da comissão técnica, já foi justificativa.

Mas vendo e analisando o jogo contra o Náutico eu me convenci que é mesmo cansaço. O time está sofrendo muito com isso. Mas porque o Botafogo mais que os outros? Ou não estamos sofrendo mais? Bem, nossos números, a queda de rendimento e pontuação é algo claro. O Paret apontou como o fim do tic-tac, que ficou "manjado", marcável. E lembrei de como o Brasil acabou com o tic-tac da seleção espanhola na final da Copa das Confederações. Forcem a memória, vejam como aquele jogo foi semelhante em tudo à nossa derrota para o Cruzeiro. Claro, não comparo o Cruzeiro à seleção brasileira, e nem o Botafogo à espanhola. É uma comparação somente de estilos, e de força relativa.

Este foi o primeiro estalo. O tic-tac não está morto, mas é marcável sim, mas exige uma dose de sorte e muito, mas muito esforço. O segundo estalo ocorreu também no jogo contra o Náutico, o Botafogo trocava passes, mas ninguém se deslocava! Eu pensei: "caraca, isso parece Totó, os jogadores presos e só a bola rola". Mas marcar isso exige desgaste do adversário, e muitos não conseguem, e é aí que vencemos.

E o nosso cansaço? Vem deste tipo de jogo, que funcionou melhor com o Náutico porque o passe do Seedorf entrou (0 erros), até mesmo porque a marcação tinha dificuldade de chegar junto. Outro fator foram as viradas de bola precisas de Renato. Bola pingando de pé em pé, lado do campo congestionava, e ia lá o Renato virar para o outro lado. E o adversário tendo que correr e se reposicionar. Desgaste e mais desgaste.

Quem teve paciência de ler até aqui  e refletiu já deve ter chegado à mesma conclusão que eu: ora, este futebol cansa mais o adversário do que ao Botafogo. Verdade, mas cansa os dois! E se é isso mesmo, qual a conclusão? Nossos adversários saem desgastados de jogos contra nós. Foi a partir desta tese que fui fazer um levantamento que pudesse comprová-la, e minha ideia foi simples, a pergunta que pode comprovar a tese se resume a:

QUAL O DESEMPENHO DOS NOSSOS ADVERSÁRIOS NO JOGO SEGUINTE AO QUE FIZERAM CONOSCO?

Fui pesquisar, catei a tabela do campeonato todo, seguindo a conta oficial rodada após rodada, o resultado é este:

Jogo rodada x      - Jogo rodada x+1  - pontos obtidos

Corinthians 1 x 1  – Goiás 1 x 1       - 1
2 x 1 Santos       – 1 x 1 Grêmio      – 1
2 x 1 Cruzeiro     – 1 x 0 Corinthians – 3
Bahia 2 x 1        – Vasco 1 x 1       – 1
Ponte 0 x 2        – Náutico 1 x 3     – 3 **
1 x 0 Flu          – 2 x 3 Inter       – 0 *
Grêmio 2 x 1       – Criciúma 2 x 1    – 0 *
2 x 0 Náutico      – 3 x 0 Inter       – 3 *
Fla 1 x 1          – Bahia 3 x 0       – 0
2 x 0 Vitória      – 2 x 1 Portuguesa  – 3
Vasco 2 x 3        – 1 x 1 Ponte       – 1
CAM 2 x 2          – Náutico 0 x 0     – 1
1 x 1 Goiás        – 1 x 1 Fla         – 1
3 x 3 Inter        – 0 x 0 CAM         – 1
Portuguesa 1 x 3   – CAM 2 x 1         – 0 *
CAP 2 x 0          – Náutico 1 x 4     – 3 *
0 x 0 São Paulo    – 1 x 2 Criciúma    – 0
3 x 1 Coritiba     – 2 x 0 São Paulo   – 3
Criciúma 1 x 2     – Bahia 2 x 2       – 1
1 x 0 Corinthians  – 1 x 2 Goiás       – 0
Santos 1 x 2       – Grêmio 1 x 1      – 1
Cruzeiro 3 x 0     – Corinthians 0 x 0 – 1
1 x 2 Bahia        – 0 x 0 Vasco       – 1 *
0 x 1 Ponte        – 1 x 2 Náutico     – 0
Flu 1 x 1          – Inter 1 x 0       – 0
0 x 1 Grêmio       – 1 x 2 Criciúma    – 0
Náutico 1 x 3      - ?

Explicando a tabela. Na rodada 1 jogamos contra Corinthians, fora. Resultado Corinthians 1 x 1 Botafogo. Na rodada 2 o Corinthians jogou contra o Goiás, mando do Goiás, resultado, Goiás 1 x 1 Corinthians, nosso adversário marcou 1 ponto. Na segunda linha, a rodada 2 enfrentamos o Santos jogando em casa, Botafogo 2 x 1 Santos. Na rodada seguinte o jogo foi Santos 1 x 1 Grêmio, 1 ponto marcado pelo Santos. E assim vai, rodada a rodada a tabela.



Conclusão? Analisando as 27 rodadas podemos obter 26 jogos, pois o último, o Náutico, ainda não fez sua partida seguinte para vermos o que acontece.

Nessas 26 partidas seguintes, nossos adversários fizeram 29 pontos, ou um aproveitamento de 37%, sendo 6 vitórias, 11 empates e 9 derrotas. É um aproveitamento muito ruim, próximo ao da Ponte Preta, penúltimo colocado, quando deveríamos esperar algo mais próximo da média do campeonato, pois é uma pontuação onde todos clubes contribuem um pouco.

Estaria minha tese correta? Não sei, mas resolvi ir mais longe. As partidas marcadas com * são aquelas em que houve uma semana de intervalo, por conta de outras competições ou qualquer motivo. Ou seja, nesses casos nosso adversário teve uma semana para descansar, ou teve outro jogo fora do campeonato brasileiro, após jogar conosco. A partida marcada com ** ocorreu antes da para da Copa das Confederações, ou seja, o jogo seguinte foi um mês depois.

Então separando estes dois grupo de partidas, temos:

Jogos dos adversários com meia semana de intervalo
19 pontos em 19 partidas, ou 33% de aproveitamento - 3 vitórias, 10 empates, 6 derrotas

Jogos dos adversário com uma semana ou mais de intervalo
10 pontos em 7 partidas, ou 47% de aproveitamento – 3 vitórias, 1 empate, 3 derrotas

Se estou certo sobre o que está acontecendo, eu não sei. Mas é fato que nossos adversários estão tendo péssimo rendimento depois de jogar conosco. Isto é fato.

Então vamos vencer o cansaço, e cansar mais uma azeitona amanhã, para somar os 3 pontos que precisamos. A vice-liderança está logo ali... pertinho, podemos chegar nela amanhã mesmo.

Abraços.

9 de out. de 2013

BOTAFOGO VENCE EM RECIFE


O G4 É A META
e esta vitória é a arrancada final
===================
BOTAFOGO 3X1 NÁUTICO



Fomos para este importantíssimo jogo (pela situação que vivíamos na tabela) com um meio reforçado. Seedorf e Renato na criação, recebiam a ajuda do Otávio e do Mattos na contenção bem como também na saída para o ataque. Elias então passou a ser o atacante isolado na frente, visto a necessidade de não dar espaços para o jogo rápido que este adversário vinha praticando até então.

Começamos então nesta partida já sabendo que, neste campeonato esquisitão, o Grêmio perdera para o Criciúma em plena Porto Alegre e o Vitória, que nos perseguia na pontuação, perdia (e a derrota se confirmou) o clássico local contra o Bahia. Com isto, nossas chances de voltar antes do que imaginávamos à vice-liderança cresceriam se vencêssemos hoje, mas estamos mesmo numa fase crítica: Seedorf falhou aos 9 minutos e no seguimento da jogada, Renan, sendo traído pelo desvio da bola no gramado, tomou um franguinho básico. O nosso tic-tac então não produzia absolutamente nada e para nossa sorte, o time deles se organizava de forma razoável mas já não tinha o ímpeto das vitórias que fez em sequência antes da goleada sofrida para o Cruzeiro lá mesmo em Recife, no último domingo.

E foi isto que nos deixou a tranquilidade para reagir (isto e mais a distância da nossa revoltada torcida). No primeiro chute que demos ao gol, aos 26 minutos, conseguimos empatar e vejam, o lance surgiu dos pés do Seedorf, que limpou uma jogada pela meia esquerda e, quase da linha final do campo, cruzou na cabeça do Elias que escorou para Rafael Marques anotar. Mas nem isso foi capaz de nos devolver o toque eficiente (apesar de ter deixado o time mais tranquilo). Pois fomos assim mesmo, de toque em toque, aproveitando do bom jogo de determinados jogadores até que, aos 39 minutos, ganhamos um escanteio e, na cobrança, a bola foi rolada para Seedorf sozinho que só teve o trabalho de dominar e engavetar. Era o gol da virada, o gol do ‘ufa-ufa’.

O golaço do Seedorf - o da virada 
E aqui cabe uma pergunta importantíssima: Seedorf está cansado ou está apenas desmotivado pelo mau momento do time? Pois o que se tem impressão é de que a última premissa é que é a verdadeira, visto ter o holandês começado, após o seu belo gol, a tocar melhor na bola e a perdê-la bem menos. E com a sua organização na saída para o ataque, claro que o nosso futebol ganha em qualidade e fica muito mais fácil chegar ao gol adversário.

Aos 41 minutos, Elias sentiu de novo a contusão que o afastara do time e fomos de Henrique mas a primeira etapa acabou, vejam, com o Botafogo já melhor do que o adversário em campo. O que se queria então para a segunda etapa? Atenção nas jogadas, que o time parasse de perder bolas no meio, ou em jogadas de saída rápida e, principalmente, que Otávio entrasse mais no jogo coletivo, que não tentasse tanto a jogada individual para que pudéssemos prender o time deles na sua defesa.

E logo nos primeiros segundos da etapa final, quase conseguimos levar nova vantagem do retorno da confiança do Seedorf, quando numa bela enfiada de bola ele deixou Rafael Marques livre mas o nosso atacante perdeu gol feito. E aí amigos, na passagem dos 15 minutos, as forças do nosso 10 se esvaíram e com ele, o nosso poder ofensivo. Passamos a viver unicamente do toque de bola, sem agressividade e, claro, sujeitos a uma bola rápida de alguns dos envolventes atacantes do time adversário. Aos 11 minutos, Otávio, que cumpriu mais função de marcação do que propriamente de criação, deu lugar ao Hyuri que entrou apenas para tentar manter a bola no ataque, sem muito sucesso hoje (e ainda perdeu outro gol, em nova assistência do Seedorf).

Aos 29, para tentar dar gás novo a um Botafogo que se arrastava em campo, Gegê entrou no lugar do Rafael Marques mas não conseguiu levar a campo a velocidade que esperávamos, ficando assim o Botafogo a mercê das tentativas do adversário de chegar à nossa área com aquela bola que tanto tem nos castigado neste campeonato, aquela bola de fim de jogo, quando não dá mais tempo para reagir.

Mas hoje meus amigos, hoje era dia do Fogão, era dia de acertar as contas com este destino enjoado que todo ano nos persegue e, de toque em toque, numa bela descida do Edilson aos 46 minutos, o nosso lateral chegou à linha de fundo, viu Gegê livre e rolou para um toque de mestre do garoto da base sacramentar o 3x1 no placar. E foi só. Enaltecer este time, temos sim que fazê-lo apenas pela volta da tranquilidade. Ainda estamos precisando do fato novo para voltarmos a ser uma equipe forte como o fomos durante todo o primeiro turno. E só para não esquecer, o Cruzeiro perdeu para um dos times da rabeira, o São Paulo, em pleno Mineirão, e foi por 2x0.




Amigos,

Não dá para falar sem caprichar no otimismo. É momento de dar uma arrancada, dessas fenomenais. Uma vitória suada, sofrida, lutada, mas merecida hoje, uma vitória inesperada, pelo histórico imenso de empates, no domingo, e depois vencer em Salvador o bom time do Vitória, nos colocará definitivamente como favoritos ao vice-campeonato. Brigar pelo título? Deixemos isso para a matemática e para o Cruzeiro... o que nos interessa é vencer jogos.

Rafael Marques desencantou, Seedorf também, e Gegê fez o gol que mereceu lágrimas e comemoração especial. Fechou a tampa do caixão do Náutico, que derrotado e vendo todos os rivais na briga pelo rebaixamento - Criciúma, Vasco, Ponte Preta e São Paulo - vencerem, em alguns casos inclusive em jogos inesperado, pode já fazer os planos para jogar a série B do ano que vem. Náutico é mais rebaixado do que o Cruzeiro é campeão.

Foi uma linda partida? Não acho. Sigo bastante decepcionado com o time. Não pelo caráter, vontade ou qualidade técnica, mas pela incapacidade de transformar isto em poderio no campo. Vencemos com justiça, mas um time, que lanterna do campeonato, só com a disputa já iniciada é que realmente montou seu elenco, trocou de técnico, e somente agora vem ganhando padrão de jogo.

É uma equipe bem treinada, relativamente organizada, mas é fraca tecnicamente, e sofre muito psicologicamente. É afobada, e se desespera com os próprios erros. E o Botafogo, por outro lado, mesmo tomando um gol em um frango desestruturador, soube manter a cabeça e a bola nos pés, para buscar o empate e a virada. 


Mas não vamos tapar o Sol com a peneira. Isto foi contra um time limitado e ansioso. Outro adversário, mais qualificado e mais tranquilo, teria aproveitado a situação para liquidar, ou segurar, a partida. Ainda precisamos evoluir muito.

Posso dizer que no começo do jogo o time parecia ser dois laterais e mais 9 jogadores. Nossas jogadas de destaque saiam ou passavam pelos pés de Edilson ou Júlio César. Octávio foi discreto demais. Renato cumpria sua função, mas sem pegada na marcação e muito lento. O resultado disso era mais uma vez a bola passando exageradamente nos pés de Bolívar, Dória e Mattos, e sinceramente, não dá para vencer assim.

Elias sem dúvida deu outra cara para nosso ataque, perturbou os zagueiros, e quando conseguiu abrir os espaços, deu oportunidade para Rafael Marques e Seedorf aparecerem. Infelizmente nosso atacante sentiu mais uma vez uma contusão, saiu e deu lugar a Henrique. Que decepção. Muito afoito, desesperado para fazer seu gol, sem combatividade, no segundo tempo conseguia ser mais lento e menos participativo que Renato.

Este, por sua vez, mesmo com extrema lentidão, sabia ocupar os espaços e garantir o toque de bola do meio, essencial para ficarmos com a bola. Precisamos deste passe, mas também da combatividade do Gabriel. Este será um quebra-cabeças duro de resolver.

No segundo tempo, a partir dos 20 minutos, já com Henrique no lugar do Elias, e Hyuri, travado, no lugar do discreto Octávio, foi nítida a dificuldade física do time. Era cansaço, e somente cansaço. Era momento de fazer a última substituição, e a dúvida era imensa. Nossos laterais, exigidos ao limite no primeiro tempo, não rendiam mais. Renato não tinha pique para acompanhar as jogadas de meio. Rafael Marques se esforçava, desdobrava, mas parecia no seu limite físico. Seedorf fazia o que podia para marcar e passar. A correria estava por conta de Hyuri e de Marcelo Mattos.

A solução foi a entrada de Gegê no lugar de Rafael Marques. Era tanta gente que precisava sair, e as opções para entrar não traziam tanto conforto. Mas esta parecia ser a mais acertada. Seedorf, sem mobilidade, ainda tem visão e comanda, já Rafael Marques parado se torna quase inútil. E Gegê já havia mostrado garra e maturidade no jogo contra o Santos. 

E o garoto foi o olhar veterano que deu a consistência necessária para nosso meio garantir a vitória por 2 a 1. Soube correr além quando necessário, soube segurar a bola e esperar a falta, soube dar os passes laterais, acompanhar as jogadas de ataque do adversário, e também seguir nossos contra-ataques.

E foi com esta competência, dita não por mim, mas sim pelo meu filho, botafoguense de 13 anos, xará do nosso Paret, que nosso garoto Gegê chegou à entrada da área para receber magistral bola recuada pelo Edílson, e matar a partida em 3 a 1, com seu primeiro gol entre os profissionais.

Se no jogo todo brilhou a estrela de Rafael Marques, e a sagacidade do craque Seedorf, em uma partida onde Júlio César foi primoroso no primeiro tempo, eu digo o seguinte: para mim o melhor em campo foi o Edílson, mas Gegê fez os 15 melhores minutos da partida.

Que estejamos prontos para atropelar urubus. Já está demorando muito para isto acontecer.

Abraços.


8 de out. de 2013

CADÊ O FUTEBOL QUE ESTAVA AQUI?


Amigos,

Amanhã teremos jogo do nosso Botafogo lá  em Recife, contra o lanterna Náutico. Do jeito que jogamos as últimas partidas, nada pode ser considerado surpresa. 

Conforme postagem anterior do Paret, esperamos mudanças, e pensando nisto até ensaiei um "brainstorm" com o pessoal no twitter. Minha proposta era escalar um time reserva para o jogo contra o Náutico, visando poupar jogadores para a partida de domingo, pelo simples motivo de que o importante é ir somando pontos, e que domingo o jogo tem um peso psicológico muito maior, pois será contra nosso adversário na Copa do Brasil.

Acho que não há mais dúvidas que precisamos reencontrar o bom futebol, para garantir vaga no G4 e seguir o máximo possível na Copa do Brasil. Jogando direito o primeiro seria até fácil, e o segundo daria pelo menos uma final. Não é muito, mas seria um final de ano digno.

Sobre a escalação reserva, saiu algo como: Renan, Gilberto, Dankler, André Bahia, Lima; Zen, Renato, Gegê, Jeferson, Octávio; Henrique. E variações são possíveis. Pensando em Gilberto como titular, seria o caso de trocá-lo pelo Edílson ou dar ritmo a ele? São dúvidas...

A partir desta escalação, vem o raciocínio dos reforços e as variações táticas. 3 zagueiros? 3 volantes? 2 atacantes?

São todas variações possíveis, mas acho que neste ritmo de jogo quarta e domingo, em final de temporada, e sem tempo para treinar, 3 zagueiros seria algo muito difícil de implementar.

3 volantes parece ser o mais fácil, escalando Mattos, Gabriel e Renato. Talvez em jogos fora contra adversários mais organizados faça sentido. Já a opção por 2 atacantes seja a que mais agradaria a torcida, mas para isto o ideal seria um de área e outro que saia mais, busque o jogo e caia pelos lados. Não vejo muitas opções no elenco, ainda mais com as limitações que andamos apresentando.

De qualquer forma para os próximos jogos teremos as ausências de Jefferson e Lodeiro, o que já obriga mudanças. Há também indicação de Gabriel fora, com leve lesão. E a escalação anunciada pela imprensa seria:

Renan, Edilson, Bolívar, Dória, Júlio César; Mattos, Renato, Seedorf, Rafael Marques e Hyuri (Octávio); Elias. Fica só a dúvida entre Hyuri, voltando de lesão, e Octávio. Acho que deveríamos mexer mais, bem mais. Para começar, acho que Seedorf deveria ser poupado da viagem.

Vamos ver se com os ares de Recife, e uma Boa Viagem, nosso futebol reaparece, e para ficar.


Abraços. 

6 de out. de 2013

TEMPO DE MUDANÇA

Toque de bola fora de voga
_______________________

Não há mais gordura para queimar


1 – Apenas uma chance contra o Náutico.
2 – Abandonar o toque de bola e partir para a marcação e a saída em velocidade.
3 – A análise dos times que jogam neste formato e a maneira de passarmos a atuar assim.
4 – Do jogo contra o Santos para cá, fizemos apenas dois gols E OS DOIS, POR ACASO.
5 – Estaria o Oswaldo preparado para aceitar a mudança?
6 – Voltar a vencer para se manter entre os 3 primeiros.


Na próxima quarta-feira, caso o time consiga cortar a sina dos jogos contra Bahia, Ponte e Grêmio, de tomar gols insólitos e depois, sem objetividade, não conseguir recuperar o terreno, podemos ter uma chance contra o Náutico (só uma – acredito em apenas uma bola).

Alguém lembra do gol contra o Corinthians aqui no Maraca? Pois se esta premissa que coloquei acima se confirmar, esta única bola deste jogo que promete ser encardido pode ser similar àquela do Hyuri. Com isso, contando com a visita do Furacão ao Corinthians em São Paulo, podemos sim sonhar com a manutenção no G4 mas com uma aliviante volta ao terceiro lugar, o que para nós, no momento, é primordial.

Bom meus amigos, a pergunta pertinente então é, o que isto teria a ver com o toque de bola citado no subtítulo? Já falei aqui na postagem da derrota para o Grêmio, que o nosso tic-tac (uma curiosa imitação do que faz o Barcelona, claro, em outro nível) teria que dar lugar a outra coisa, outro formato de jogo e isto, esta forma que temos que buscar e que, claro, é hoje mais eficiente, podemos ver nos nossos concorrentes.

Vamos então colocar aqui o destacado Cruzeiro no meio desta análise.

Cruzeiro – marcação forte, retomada de bola e saída em velocidade para o gol. Por isso amigo Luiz, chutam do jeito que recebem o passe e, no rebote que é praticamente certo, têm pelo menos 4 homens na área para completar a jogada.

Atlético-PR – mesmíssimo sistema, com poderio financeiro e, consequentemente, atletas menos qualificados mas ainda assim, com jogo de marcação fortíssima e com o plus dos belos lançamentos e da bola parada do Paulo Baier.

Grêmio – quase nenhuma qualidade para ir à frente por ter perdido, durante o campeonato, o meio criativo mas ainda assim, jogo fechado, marcação do jeito que dá para segurar (violência aí incluída) e a procura de uma bola perdida. Estão dizendo que vão à caça do Cruzeiro com uma formidável coleção de jogos vencidos por 1x0 (e naquele estilo que chamamos, na brincadeira, de meio a zero).

E nesta toada jogam a Portuguesa, a Ponte, o Flamengo e, acredito, doravante, até o Inter que deve iniciar o seu período de recuperação.

E aí meus prezados amigos, a pergunta crucial neste momento alvinegro é: está o Botafogo preparado para mudar, para recuar mais a marcação e, usando alguns bons jogadores para ir para o ataque (Julio, Rafael, Gilberto ou Edilson), se lançar à frente apenas na hora favorável? Não sabemos pois a cabeça do comandante é impenetrável e se formos apostar, a aposta a ser ganha seria a de que ele é teimoso e não vai querer sair do seu ‘tic-tac’ agora, nesta virada tão perigosa do campeonato. Vejam que citei 3 jogadores para fazer a bola ir ao ataque e excluí Seedorf e Lodeiro mas, numa mudança destas, até para o físico destes dois poderíamos ver um benefício que os fizesse passar a atuar com a qualidade do primeiro semestre.

Então caríssimos alvinegros, a conclusão é que tudo está nas mãos (e, principalmente, na cabeça) do treinador. Caberá a ele ouvir o que se diz já à larga na mídia (esta observação começou ontem mesmo, nos comentários pós jogo) e partir para a retomada dos pontos. O que tínhamos de gordura para queimar, nós já queimamos e como queimamos. Vencemos Corinthians e Santos mas depois, conseguimos apenas um ponto em 15 disputados. É muito pouco para a tão sonhada vaga na Libertadores. E reparem como o sistema de jogo tem mesmo que mudar: alguém lembra qual gol foi realmente produzido pelo sistema atual de jogo após aquele contra o Santos, do belo lançamento do Renato para o cruzamento do Hyuri na cabeça do Elias? N-E-N-H-U-M. Após aquela bela jogada, fizemos apenas dois gols: um chute ao acaso do Edilson contra o Flamengo e uma cabeçada que escapou de ir para fora e foi ao gol depois de esbarrar no joelho do Bolívar (contra o Flu). Temos ou não que mudar a forma de jogar?

Saúde então para o nosso comandante e, principalmente, que ele volte humilde, pé no chão e atento (atento e forte). Só o problema de saúde ontem, extraindo-se dele algo de bom, é a conclusão de que o cara tá ungido pelo sentimento alvinegro e sofre como nós. Que os deuses do futebol iluminem então aquela mente e que o time volte a vencer, pelo menos, os jogos possíveis. É o que irá bastar para fechar este campeonato entre os três principais competidores (quiçá até em segundo lugar).

COMEMORAR? POR ENQUANTO, SÓ NO BLOG


Pois é meus amigos do blog.

Depois da tempestade, vem uma comemoração bem particular, apenas aqui no blog: chegamos a mais uma marca, a de 140 mil visitantes e, explicando para quem apenas nos visita sem participar do convívio diário, é um número expressivo haja vista não sermos um blog de mídia, não procurarmos isto e, igualmente, não termos aceito a proposta feita pelo Google em 2011, quando ultrapassamos a marca de 50 mil visitas, de anunciar no nosso espaço.

Num forum que funciona ao estilo 'bate-papo entre amigos', estamos aí mais vivos do que nunca. Não pude ver quem foi que acessou exatamente na marca redonda mas de antemão, tomara que este pé de coelho traga igualmente sorte ao time. Antes de postar, fui olhar a tabela e desisti na passagem pelas rodadas. Nuvens negras pairam no ar em General Severiano e talvez, em 2013, só a Copa do Brasil possa nos salvar.

O acesso ao blog não é recomendado com o navegador Internet Explorer.

Leia aqui como o Botafogo mudou o rumo da história do esporte no Brasil (e do futebol no mundo).
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Imagens Históricas - Por Luiz Fernando do BLOG