
O time começou a partida de hoje insinuando algumas jogadas de ataque, ainda sem a desejada força de área, mas chegando. Se o ‘cabelo’ soubesse trabalhar melhor a jogada, na penetração que fez aos 12 minutos, já poderíamos ter saído com 1x0 mas ele resolveu chutar e o zagueiro adversário escorou para escanteio.
Nada foi feito porém de objetivo e naquelas jogadas atrapalhadas dos nossos homens de criação, sem objetividade e sem que conseguíssemos apresentar nosso ataque ao goleiro adversário, o time deles ia, de vez em quando, tocando a bola até à nossa área. Já pelos 20 minutos de jogo, eles desciam meio que sem muita força também para atacar mas com uma boa velocidade e estas investidas poderiam levar perigo ao nosso gol. Leo, aquele que veio do Santa Cruz, não era nada demais em relação ao que jogou naquela Copa do Brasil mas ajudava bem no toque de bola da nossa meia, só que Mago e Elkson continuavam tímidos, como que ainda mostrando reflexos do último jogo.
Nossa defesa, que se não é nenhum arroubo de genialidade pelo menos não comprometia em jogos mais tranqüilos como este de hoje, batia cabeça e dava sustos que não deveríamos tomar, repito, contra adversário tão inoperante. Ali pelos 28m de partida, a má qualidade do jogo já era visível, erros seguidos de passe de parte a parte, falta de objetividade e com isto, nada de bolas para os goleiros. E eles ainda tinham Madson, o pândego (lembram-se dele, naquele Fogão 1x0 no Santos lá na Vila, golaço do Loco?). O primeiro bom chute a gol foi deles, e isto já aos 34 minutos da primeira etapa, ou seja, muito pouco para um jogo da primeira divisão.
No calor daquele BotafogoXCorinthians da última quarta, discutimos e discutimos e o mais importante não foi dito: Harry Potter, idiotamente, quer que o Botafogo jogue à la equipe européia, muito toque na bola e manutenção de maior posse da mesma no jogo mas com alguns dos sofríveis jogadores que temos, isto acaba se mostrando infrutífero e até nocivo para o time. E assim, sendo atacado por um adversário rápido e sem conseguir se organizar na frente, tomamos o primeiro gol de um time que até hoje, marcara apenas 2 vezes, se não me falha a memória. Pagaríamos o mico de lhes dar seu terceiro ponto, já nesta altura do campeonato? Pois é caríssimos alvinegros, eles fizeram seu histórico gol. Jogada de área e nossos zagueiros não conseguiram evitar que o uruguaio deles chutasse para as redes do Jefferson.
Aos 42 minutos, numa jogada nossa de ataque, a sinuosíssima Avenida Cabeçandro ainda deu um contraataque para o adversário que poderia ter se transformado naquele castigo extremo, ou seja, sair no 2x0 para um time tão fraco como este do Paraná. Por sorte eles não aproveitaram e para mais sorte nossa ainda, o Garcia meteu a bola do segundo gol no travessão. Uuuuufffaaaa!!!. Meus caros amigos, Kleberson é um dos jogadores mais mortinhos que já vi atuar, só joga bem se a situação em campo for totalmente favorável e o que fizemos nesta primeira etapa, foi trazer este amarelão para o jogo, deixando-o armar o jogo ao seu bel prazer. Mas, ainda bem para nós que a primeira etapa acabou e o nosso time pôde pelo menos esfriar a cabeça.
Começamos o segundo tempo tentando atacar mas a desorganização era visível. Somália entrou no lugar do Leo que acabou sumindo no primeiro tempo e Alexandre Oliveira se apresentava na frente tentando fazer o primeiro gol. O Botafogo começou efetivamente a atacar e levar perigo à área adversária e parecia que o gol era mesmo questão de tempo. Cabeçada do Alexandre Oliveira no travessão e chute perigoso do Cabeçandro aos 20 minutos e a bola era insistente em não entrar. Neste mesmo período, ‘Cabelo’ (Márcio Azevedo) saiu para dar lugar ao Felipe Menezes, que foi ajudar no ataque pela direita, vez que Somália ocupou o setor esquerdo do campo. O time continuou atacando e posso dizer sem medo de errar que já jogávamos muito melhor que o adversário aos 25 do segundo tempo, retomando a posse de bola e chegando para chutar. Mas ocorreu mais uma daquelas avenidas inacreditáveis que temos “construído” nas laterais do campo e tomamos de novo gol bobo, em momento em que estávamos para fazer o nosso.
O time então se perdeu de vez e já no fim, Caio Junior tirou Alexandre Oliveira para colocar Alex. O garoto fez um belo gol mas a esta altura, algumas pessoas opinavam pela internet que este treinador só terá mais dois jogos com o Loco para testar seu prazo de validade. Na quarta-feira, teremos o uruguaio e o Herrera de volta mas vamos sem o Mattos, expulso por falta de tranqüilidade, e sem o Antonio Carlos que levou o terceiro cartão amarelo. Vamos ver até quando o Harry Potter agüenta.
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- Sei que alguns amigos vão dizer que mais uma vez, a má sorte nos perseguiu pois o time jogou bem e assim jogava quando tomou o primeiro gol mas meus amigos, para quem tem as pretensões que tem o nosso alvinegro, jogar bem contra este adversário de hoje ERA OBRIGAÇÃO.
- Já são duas derrotas seguidas e 4 partidas sem vencer. O jogo de quarta ficou com cara de filme de terror e o seguinte, contra o Cruzeiro em Minas, se apresenta como tarefa para entrar em campo com o Rambo e o Superman.
- Não adianta reclamar e agora, é saber se o Caio Junior vai pedir o seu boné. Cuca pode vir aí e que Deus nos ajude. Hoje, este adversário fez contra nós a mesma quantidade de gols que havia feito até agora. Vamos levantar mais um defunto em brasileiros, e isto já ocorre por uns 4 anos seguidos. Lembro deste mesmo Atlético, do Grêmio ano passado e teve mais sim. Acorda, Botafogo!!!
- Jefferson meus amigos, é um bom goleiro de clube, mas precisa fazer mais que jogar apenas embaixo da trave. Rebatendo bolas ou saindo do gol, é tão fraco quanto os goleiros comuns que temos por aí. Podem debater isto mas a partir de agora, prestem atenção quando ele recebe bola recuada para jogá-la para a frente.
- Mais um mico para a coleção alvinegra na era pós Bebeto: o Brisinha (by Henrique) consegue sua incrível primeira vitória justamente contra nós.