E PERDE DE NOVO NO CAMPEONATO
2x1
Estamos sem time, apesar de, mesmo com este elenco meia boca, sermos ainda o melhor grupo de jogadores da série B. Mas time, definitivamente, não temos. Qualquer adversário que consegue nos impor o seu sistema de marcação, nos parece sempre mais organizado do que nós e este risível CRB de hoje não fugiu à regra. Foi mais organizado assim que fez o primeiro gol, o foi quando os times voltaram do intervalo e, inacreditável, também o foi quando perdeu um jogador e passou a jogar com 10.
A Avenida Carleto hoje 'folgou', mas a Rua Luis Ricardo apareceu com a corda toda, num momento bem incômodo do jogo, quando perdíamos e o adversário se animava no jogo. Com a "abertura" desta nova "via" alvinegra, tomamos o segundo gol apenas 4 minutos depois do primeiro e ali, não vou dizer que não tive esperança de ver o time reagir e buscar a vitória, mas pelo histórico, me pareceu ver a vaca indo para o brejo.
O primeiro gol deles surgiu quando éramos, sem muita objetividade, melhores na partida. Atacávamos mais, dávamos trabalho ao sistema defensivo deles pelo nosso lado esquerdo mas no esquema 'arame liso', ou seja, o goleiro deles quase nada fazia para justificar uma superioridade técnica do nosso 11. O juiz deu um pênalti esquisito, eles abriram o placar e sobre o segundo gol, foi o que falei acima.
Neilton, nosso melhor jogador de ataque até então, ainda fez um gol que aliviou um pouco a pressão e a possibilidade de armarem uma goleada mas infelizmente, o time não tem padrão para impor um ritmo de jogo sobre adversários, sejam eles medianos ou pequenos, já que time grande, nesta série B, só mesmo o nosso e mesmo assim só na camisa. Ainda neste primeiro tempo, Daniel Carvalho, que nada fazia em campo, saiu contundido para dar lugar ao Sassá.
Fomos então para o intervalo perdendo o jogo e assim, a esperança era voltar para o segundo tempo jogando com mais raça e mais organização, mas que nada. Neilton, o melhor do primeiro tempo, voltou ao seu normal, ou seja, bem marcado, sumiu e só atrapalhava quando tentava construir qualquer jogada. Os erros de passe eram inacreditáveis e com isso, furar a compactação feita pelo adversário parecia ser tarefa impossível.
Aos 27 minutos, Diego Jardel entrou no lugar do Elvis mas o seu futebol foi o de sempre: covarde, sem iniciativa, tirando sempre o pé nas divididas e, claro, zero de criação. O adversário ainda teve um atleta expulso aos 31 minutos mas por incrível que pareça, o volume de jogo deles só fez aumentar. Aos 38, Ricardo Gomes tirou o Serginho para colocar o Diego mas a esta altura, mesmo com um jogador a menos, eram eles que perdiam gol atrás de gol.
Confesso que, sem ter uma estatística feita, não contei a quantidade de passes errados do Botafogo nesta segunda etapa mas o número que vou colocar aqui não é errado - de todos os passes dados pelos nossos jogadores, seguramente, mais de 50% foi de passes errados. Isso irritou muito e, claro, vai contribuir para esvaziar o público do jogo da próxima terça, aqui, contra o Atlético-GO. A presença do Botafogo no G4 corre sério risco pelos jogos que serão realizados neste sábado. A luta começa a ficar bem complicada.
O acesso ao blog não é recomendado com o navegador Internet Explorer.