O dia começou nesta sexta-feira, primeiramente com a notícia em forma de zoação, no estilo do título desta matéria: 'Botafogo demite técnico que não estreou (ou que não começou a trabalhar)'.
O normal é que fiquemos envolvidos, inicialmente, pelo auê que sempre é criado na internet. Afinal, a torcida primeiro atira para depois perguntar. Aqui no blog, antes de pensar no que escrever, imaginei logo (e comentei em off com os amigos alvinegros).
Bom, o ambiente está ali praticamente desandando, Marcinho voltou ao time e peitou o Honda, no estilo "jogou em que seleção"?, na hora de uma cobrança de falta; Cícero foi às redes sociais reclamar do 'novo' no clube, dizendo que lá onde ele jogava no sul do país era diferente (chateado com a preparação física puxada) - Pedro Raul curtiu o que o colega paneleiro escreveu e em campo, todas as vezes em que sai uma jogada errada e as câmeras o focalizam, é nítido o seu desânimo.
O africano, se não jogava há meses, ou não treina ou alguma coisa usada durante a sua vida o fez acabar para o futebol. Tem habilidade, tem inteligência mas não aguenta a chegada de nenhum marcador. Perde todas, absolutamente todas as bolas.
Antes, Paulo Autuori ficou meses no clube e não foi capaz de, com a moral que dizem ter, avisar a quem de direito que a preparação física não estava adequada. A turma do Montenegro queria gerir o projeto S/A em desacordo com o que ficou determinado no relatório do seríssimo trabalho da Ernst & Young, sabidamente o mais importante escritório de auditoria do mundo.
E nos treinos, o filho do Ramón Díaz, que via o que conseguíamos ver em campo até o time ficar cansado, ou seja, que se temos Kevin e Barrandeguy, também temos atletas de qualidade, deveria estar relatando ao pai que o ambiente poderia ficar incontornável, já que ele planejava algo durante a semana e em campo, o time só cumpria até a metade do primeiro tempo.
E depois de fazer toda esta análise (são fatos mas o detalhamento acima é bem aqui da minha cabeça), pensei logo: vendo que o ambiente poderia explodir, o filho avisou ao seu mestre que seria um risco ele vir e de lá mesmo eles informaram que a recuperação teria que continuar por mais uma semana. Falaram com o clube e entraram em acordo para que o Botafogo anunciasse a desistência.
NÃO PARECE TER SIDO BEM ASSIM, salvo melhor juízo.
No final da tarde, veio enfim a notícia de que o tumor do Ramón, antes considerado benigno, foi diagnosticado como maligno e assim, com os 10 dias a mais necessários para o tratamento e a incerteza futura, viu-se que o clube não poderia permanecer tanto tempo assim sem um técnico titular.
E O BARROCA FOI TRAZIDO DE VOLTA.
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CONCLUSÕES ÓBVIAS
1 - O ambiente tá mesmo estragando (ou já estragado). Percebem-se atletas insatisfeitos, reclamações como a citada do Cícero, a anterior do Forster em discussão com um torcedor, atitudes como a do Pedro, do Marcinho e por aí vai.
2 - O Barroca teria que ter muito tato e já muita estrada para poder chegar num ambiente desses e apaziguar para poder fazer tudo funcionar: difícil.
3 - Não tem comando. Seremos, até janeiro, um time com um fantoche na presidência.
Deixo as opiniões para o debate.