
NOITE DE FASCINAÇÃO, TEMPO DE MEDITAÇÃO.
Olá galera. Sem a violência que marcou a série à qual a imagem acima remete, mas o poder com o qual o Botafogo tem que entrar em campo a partir de agora deve ser similar ao mostrado pelos personagens que marcaram época na trilogia da família Corleone. Desta forma, algumas reflexões se fazem necessárias.
E dúvidas continuam nos assaltando, nos deixando apreensivos a cada rodada, nesta caminhada que acredito célere rumo ao reencontro com nosso passado glorioso e agora, de forma definitiva. Passamos mesmo a fase da fascinação que sempre exerce uma vitória épica como a que tivemos no Pacaembu na última quarta-feira (2x0 sobre o Corinthians), agora com lugar especial apenas para trabalho e muita atenção? Torçamos para que sim e para que vejamos, neste domingo, o mesmo time que vimos naquele outro jogaço contra o Ceará.
Imagens - Lancenet
Ninguém pode negar que os 45 minutos iniciais da partida realizada pelo Botafogo na última quarta-feira no Pacaembu, remetem a tempos de glória, atuação brilhante, adversário tido como o bambambam do nosso futebol, atônito, perdido em campo, jogadores adversários incapazes de entender o que se passava com o nosso time, por exemplo, ao ver em dados momentos, somente 3 a 4 jogadores pegarem a bola na nossa área e chegarem à frente do seu goleiro de forma magistral. Toques de extrema classe no meio de campo, passes lindos, jogadas plásticas. Como é bonito ver que a idéia de tocar a bola sem erros de passes almejada pelo Caio Junior vem se encaixando no time. Só o Felipe Menezes, eficientíssimo neste citado primeiro tempo, ainda destoa do grupo, por vezes armando contraataques para o time adversário.
Loco Abreu foi um mágico, agora que, caindo a ficha, vem a informação da noite praticamente passada em claro após o jogo do Uruguai, entrando em campo com aquela pressão toda e errando compreensivelmente bolas no segundo tempo, mas e muito importante, levando o time à frente na blitz inicial até o 2x0. Do Mattos nem falo muito, vez que diferentemente de quem critica, o acho um jogador utilíssimo e talvez uma das melhores contratações que fizemos em anos. Substituir Guerreiro por Mattos foi a pedra de toque que faltava para sonharmos com um título importante.

É absolutamente inaceitável ver/ouvir a imprensa do contra dizer que nos entrincheiramos para ganhar do tal grandioso Corinthians. Afinal, alguém lembra do futebol de retranca, time grande (no tocante à qualidade dos jogadores) com futebol de pequeno do campeonato carioca, com que vieram nos enfrentar em São Januário no primeiro turno, naquele 2x0 a favor deles? A retranca ali sim foi cruel: começaram o jogo só defendendo com a qualidade dos jogadores que possuem e assim, no final da partida, só iam na boa, contraataques mortais com o adversário já vencido pelo cansaço. Fizeram seus dois gols sobre um Botafogo atônito, nossos atletas sem saber direito porque tinham atacado, atacado e mesmo assim, não tinham conseguido chegar com força ao gol adversário. Venceram 10 jogos seguidos atuando desta forma. Vi o jogo deles em Pituaçu contra o Bahia (eu estava na Bahia) e isto foi a tônica da partida. Gols quase sempre no contraataque depois de serem martelados por às vezes, até 70/80 minutos pelo adversário, então já cansado e tentando respirar e pensar novas jogadas.
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Nota de louvor para Renan após a partida lá em São Paulo - Vejam o que disse nosso grande garoto sobre sua atuação naquela partida ‘... acho que me inspirei no Jefferson. Vi sua atuação pela seleção (Jefferson pegou pênalti no jogo México 1x2 Brasil um dia antes). Peguei um pouquinho da qualidade dele e pude demonstrar hoje... ’.
Vejam abaixo resposta do garoto, a mais uma investida da imprensa sobre querer ele sair do Botafogo por estar sempre na reserva. Grande garoto, imprensinha de sempre.
Vídeo - Lancenet