BOTAFOGO 1X1 TREZE PELA COPA DO BRASIL
Nas primeiras imagens de João Pessoa, o barulho da torcida alvinegra impressionava até mesmo por sabermos que o nosso time arregimenta sim o torcedor quando joga fora do Rio, em Brasília, em Vitória e ainda nesta região do nordeste mesmo, mas isto quando a fase é brilhante e desta forma, causou espanto ver tanta gente aos gritos de “Fogo!” com o time ainda sendo montado, ainda em início de temporada e sem resultados convincentes.
Oswaldo, na entrevista antes da partida, disse que estávamos iniciando nosso trabalho na Copa do Brasil/2012 e que assim, o passado tinha que ser deixado lá mesmo, vez que nada de produtivo iria trazer. Então, no jogo, entramos com Cidinho, Felipe Menezes e Elkeson e também com o time muito ligado, com Márcio Azevedo fazendo boa jogada ainda antes do primeiro minuto, depois numa excelente troca de passes entre Herrera e Elkeson aos 3, na qual Herrera cruzou nas mãos do goleiro, e em outra excelente bola do Elkeson em inversão para Márcio Azevedo aos 6, na qual Herrera bisonhou e chutou nas mãos do goleiro. Aos 10, Herrera novamente pegou bola em que a defesa saiu errado mas, em vez de cruzar, novamente foi afoito e chutou por cima.
Nosso bravo "Erreira", lutando contra si mesmo, contra o adversário e a bola - Lancenet.
Cidinho e Felipe Menezes, além dos erros do “Erreira”, também eram outros que não apareciam efetivamente para o jogo e isto, com o nosso time jogando muito bem mas é aquilo, o gol não sai, nossa marcação que anda claudicando com o Zen não consegue conter o adversário e aí, São Jefferson começou a ter que operar milagres. Nosso time então, sendo mais marcado e principalmente atacado, arrefeceu nas jogadas de frente e procurou cuidar mais do sistema defensivo, indo à área deles em jogadas eventuais, mas deixando com isto o adversário bem mais tranqüilo para buscar o melhor posicionamento e tirar nossas bolas da sua área.
Chegamos aos 38 de partida com alguns jogadores “a menos” em campo e veio a notícia, pela transmissão da TV, de que Maicosuel havia descido ao vestiário para iniciar o aquecimento. Várias eram as opções de jogadores que poderiam sair para ele entrar em campo no segundo tempo. O jogo, nesta altura, começava a ficar feio e já tomávamos bolas e mais bolas de perigo na nossa área. Lá na frente, o sempre reclamado Herrera mostrava toda a sua inoperância, jogando de forma afobada e reclamando mais do que jogando. Podemos então dizer que tivemos sorte, com a falta de capacidade do argentino para fazer gols, em não sair deste primeiro tempo com placar adverso.
O Fogão voltou para o segundo tempo com o uniforme preto, tentando ver se o branco usado anteriormente levava consigo a má sorte das bolas que assustaram o goleiro adversário mas não entraram. Maicosuel voltou no lugar do Cidinho, igualmente frágil para encarar um jogo destes, e começamos de novo o jogo apertando a marcação, não deixando o adversário respirar na saída de bola mas Herrera, Zen e F. Menezes estavam muito mal. Maicosuel não agüentou a volta da contusão, sentiu a coxa direita (a mesma na qual se machucara na Taça GB) e teve que sair para a entrada do Jobson e isto foi uma pena, pois um dos três citados como estando mal em campo é que deveria ter saído.
O time pareceu então sentir o problema do Mago, voltou a jogar mal e trouxe de novo o adversário para a nossa área. O jogo foi correndo, tentávamos chegar de qualquer maneira, o adversário, nas suas limitações, tentava nos atacar e fazia isso muito mais organizado do que nós. Jobson mostrou que tínhamos razão no último jogo, ao perceber e trazer aqui a informação de que seu ritmo de jogo ainda levará mais algumas partidas para chegar ao normal. O zero a zero então foi se perpetuando no placar, tornando-se um fantasma a mais para o jogo da volta por dar ao adversário até uma vantagem em termos de resultados em relação a nós e o tempo também começou a correr contra.
Mas quem está em fase de sorte acaba sempre aparecendo e Herrera, numa boa jogada do Márcio Azevedo, aproveitou bola cruzada na área, aproveitou-se também da deficiência técnica do adversário aonde um zagueiro lhe deu condição e marcou nosso primeiro gol, isto já aos 22 minutos. Meus prezados amigos do blog, se este gol poderia significar nossa redenção em campo, muito ao contrário, trouxe de vez o adversário para a nossa área, provocando mais alguns milagres de São Jefferson e com o Jobson ainda buscando seu melhor condicionamento, nem os contraataques eram capazes de nos deixar mais tranqüilos no jogo.
É incrível como Herrera toma seus cartões por reclamar do que não existe, como numa jogada em que se atrapalhou com a bola na área aos 33 minutos e começou a esbravejar. Parece incrível reclamar justamente do jogador que fez um gol tão importante numa competição como esta, mas a verdade é que a sorte dele um dia sempre acaba e aí, jogamos efetivamente com um a menos. Aos 37 minutos, nosso Cai-Caio entrou no lugar do F. Menezes mas, para variar, nada fez na partida. Aos 39 minutos, Jobson perdeu 2 gols em 30 segundos, provando tudo o que se disse aqui sobre sua melhor forma e com isto, a chance de eliminar o segundo jogo escapou mais uma vez. Só que o castigo ainda estava guardado para o final. Elkeson enfeitou uma bola no ataque aonde estávamos em vantagem de jogadores e na volta, eles conseguiram escanteio e na sequência, mais uma jogada em que Márcio Azevedo deu condição para vários jogadores adversários e assim, tomamos o gol de empate.
A partida daqui, mais uma vez, vai ser bem complicada. A inexplicável falta de tranqüilidade do nosso time nos deixa de novo com a missão de ter que sofrer um desgaste desnecessário para passar da primeira fase e Elkeson, se não fizer chover, vai sofrer aqui na mão da torcida nestes dias.
Caros,
Antes do jogo combinei com Paret dele fazer a postagem, e eu viria com uma análise do andamento da Copa do Brasil como um todo. Mas depois desta partida me senti na obrigação de escrever pelo menos 5 palavras sobre o desempenho do Botafogo:
Ruim, muito ruim, ruim demais.
Agora vamos à Copa:
Com jogos a serem realizados amanhã e na quarta e quinta-feira da semana que vem, já temos definidos 6 confrontos da próxima fase:
Ceará x Paraná
Bahia x Remo
São Paulo x Bahia de Feira
Atlético MG x Penarol
Sport x Paysandu
Vitória x ABC
Além destes, mais 7 clubes esperando o adversário, entre eles o Guarani, que venceu o Brasiliense por 3 a 0 na partida de volta e garantiu a vaga para enfrentar o vencedor de Botafogo e Treze.
Dos inicialmente favoritos, passaram com folga os mineiros Cruzeiro e Atlético-MG. São Paulo vacilou na primeira partida, vencendo por 1 a 0 magro, mas se recuperou com uma goleada de 4 a 0 hoje, quatro gols de Luís Fabiano. Grêmio também sofreu para vencer sua primeira partida, por 3 a 2, de virada e nos instantes finais, e jogará na próxima quarta para confirmar a vaga. Em situação até pior ficamos nós, com um empate em 1 a 1. Mesmo assim, pelos resultados, Grêmio e Botafogo não perdem a condição de favoritos. Mas a irregularidade e fragilidade que ambos vem apresentando desde o início do ano, ou mesmo final do ano passado, perdem o favoritismo para os citados mais acima.
Entre as surpresas que a Copa do Brasil sempre nos reserva, ainda não temos nenhum destaque. O Treze, mesmo com a disposição demonstrada e o empate arrancado nos acréscimos, não pareceu ter condições de surpreender. O Bahia talvez seja uma equipe não favorita a chegar a fase bem avançada, pois conseguiu sua classificação com facilidade ao obter uma vitória por 3 a 0 frente ao Autoesporte, o atual vicecampeão paraibano. Mas terá que confirmar isto agora contra o Remo.
Da parte do Botafogo, cabe arrumar bem a casa, e decidir logo a questão de reforços, pois parecem imprescindíveis. Passando pelo Treze, enfrentaria o Guarani. Passando pelo Guarani, o caminho nos reserva o vencedor de Vitória vs ABC de Natal, nas oitavas. Não é um caminho complicado, a menos que o próprio Botafogo queira complicar, como fez hoje.
E pior, ultrapassando as oitavas, temos ainda na briga pela outra vaga nas quartas: Coritiba, Nacional, ASA, Sta Quitéria, Sport e Paysandu. A tabela nos é favorável. Não chegar à semifinal seria um desastre. O que assusta é que o desastre não parece improvável.
Abraços.
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