BUSCANDO O TOPO DA TABELA
UM, DOIS, TRÊS, NÓS ESTAMOS COM VOCÊS
BOTAFOGO 3 X 1 CORITIBA
UM, DOIS, TRÊS, NÓS ESTAMOS COM VOCÊS
BOTAFOGO 3 X 1 CORITIBA
Amigos,
Eu estava lá. E foi emocionante, de arrepiar, gritar, esbravejar e gargalhar! Há muito tempo eu não comemorava um gol caindo na gargalhada, e hoje fiz isso de novo.
Para começar, o jogo iniciou como se imaginava: os dois times se esforçando para não deixar o adversário jogar. Jogo escamado, muita marcação. Só tinha uma diferença, nós, além de não deixá-los jogar, queríamos jogar, partir pra cima, e não só tentar contra-ataques rápidos e seguros.
E essa vontade foi se transformando em ação e capacidade ofensiva. É claro que os contra-ataques deles criavam algum perigo, gerando inclusive um bom número de escanteios. Mas não demorou muito para numa sequência de chutes e rebatidas, a bola sobre no pé do nosso craque! Rafael Marques colocou lá dentro, no canto, sem chances para o goleiro deles.
Ironia de minha parte chamar Rafael Marques de craque? Posso até dizer que sim, mas ele tem sido o jogador mais eficiente e completo do time há alguns jogos. Ajuda na marcação, ajuda na defesa, principalmente nos escanteios e bolas paradas. Abre o jogo para os lados. Cria jogadas, e arma o time. Puxa contra-ataques. E para completar, chega na área, pressiona os zagueiros, e ainda faz gols, muitos gols, sendo o artilheiro do time.
Esse primeiro gol parecia que abriria a porteira, e abriu. Em outra ótima jogada de ataque, Rafael Marques, ele de novo, fez a assistência, com a bola alçada na área, e nosso estreante Hyuri meteu a cabeça para jogar a bola lá no fundo das redes. Sensacional. O moleque estava merecendo, primeira partida e não sentiu o baque, precisou de poucos minutos para mostrar entrosamento, velocidade e visão de jogo. E com sua velocidade ajudava o Edílson, que não é muito veloz, a cobrir o lado direito de nossa defesa, onde inicialmente o Coritiba tentou criar os contra-ataques.
E assim terminou o primeiro tempo. Com cara de que se o cansaço não batesse, iríamos ensacar uma goleada no Coxa. E o começo do segundo tempo não mudou a nossa ideia. Em jogada indescritível, feita ali na nossa cara, na ponta do campo onde estávamos, Hyuri passou por não sei quantos, girou, trombou, driblou, tudo dentro da área, até ficar na cara do goleiro, e chutar para fazer o terceiro. Gargalhei de emoção. Mais um jovem com grande futuro pela frente lançado pelo Botafogo neste ano.
E parecia que seria fácil, o quarto gol quase saiu. Mas em um bom contra-ataque deles, de longe o que parecia ter sido gol deles se transformou em penalty. E o penalty se transformou em expulsão do Renan. Assustador. Saiu Elias para entrada do Milton Raphael, que mesmo frio e sob pressão quase pega o penalty bem cobrado por Alex. 3 a 1 no placar, que nos tirava da vice-liderança do campeonato mas que neste momento não fazia muita diferença.
O jogo seguiu lá e cá. A correria aumentou, e não tínhamos mais o atacante de referência. Um jogador a menos parecia que daria o espaço que eles precisavam para buscar o resultado. Mas não foi isso que vimos. O jogo ficou lá e cá, parecia que a qualquer momento poderíamos fazer o quarto ou tomar o segundo. O time deles abusou das faltas e jogadas fortes. Tomaram vários cartões amarelos, e mesmo sem Seedorf inspirado, jogando mais uma vez bem abaixo do habitual, sem Lodeiro, sem Jefferson e Renan, ou seja com terceiro goleiro. Sem Lucas e Gilberto, ou seja, com terceiro lateral direito, mantivemos a pegada e seguramos o placar.
Não sem antes vermos Hyuri cansar, não ter mais condições de puxar contra-ataques, e ser substituído pelo jovem Octávio, que entrou cheio de vontade e mostrando muita qualidade e velocidade também. E vimos também, por conta das diversas faltas e entradas pesadas, Gabriel sair contundido para a entrada do Zen. Será este mais um desfalque nosso contra o Criciúma? Provável, mas hoje eu tenho certeza que temos elenco sim, e quem afirmava o contrário não estava bem informado.
Abraços!
SENHORAS E SENHORES
O BOTAFOGO DE FUTEBOL E REGATAS
ORGULHOSAMENTE APRESENTA:
HYURI
estrelando:
A FILA ANDA - YES, NÓS TEMOS UM 9
Olá caros alvinegros.
Como de praxe, vim fazer o texto da postagem sem ler o que o Henrique digitou aí acima mas, percebendo o tamanho do texto e, principalmente, tendo estado ao lado do nosso nobre amigo no estádio esta noite, gostaria de, hoje, não falar do que vi em campo como faço habitualmente mas sim, discorrer sobre sentimentos, emoções e, principalmente, sobre a pele alvinegra, esta coisa que não morre, esta coisa viva, acesa, eterna.
Comumente vibrante, Henrique é daqueles torcedores que a cada gol gritam bem alto, assim como também berram a plenos pulmões para reclamar de erros, seja de atletas ou de juízes. Pois o que quero relatar amigos, é a reação do Henrique após a feitura do gol do Hyuri, o segundo (o terceiro do Botafogo), que foi classificado pelo isento Edson Mauro da rádio Globo como gol de placa.
Saiu o gol, Henrique abraçou o filho e os amigos, dei-lhe igualmente um abraço e, ato contínuo, ele parou de pular e gritar e apenas exibiu um sorriso orgulhoso, emocionado, aquilo de quem vê surgir, quem sabe, uma futura lenda, algo tipo presenciar a aurora de um grande atleta e, a reboque, de um grande (quem sabe, futuramente, um super) time. A forma como ele sorria era indescritível, impossível de ser aqui traduzida em palavras. Uma pena, sendo na hora de um gol, não poder ser registrada em imagem.
Assim então meus amigos, correu este jogo de hoje. Como que para responder às estocadas sempre ferinas da imprensa contra o nosso time/clube, a torcida só cantava o amor ao Glorioso (Eu te amo meu Fogo... o meu sangue ferve por você). E num final apoteótico, surgiu este grito com o qual o Henrique abriu a sua postagem (sim, isto eu li pois conversamos a respeito antes de nos despedirmos, ainda na arquibancada): "1, 2, 3, nós estamos com vocês".
Meus amigos, a simbiose time/torcida está perfeita. Rafael Marques é, hoje, com a péssima forma atual do Seedorf, o cara a carregar este time no ataque. Lembro que no jogo contra o Galo aqui, todos gritavam "dá no Vitinho... dá no Vitinho" ao menor sinal de aperto do ataque deles. Pois atualmente, todas as vezes em que se quer partir para a área adversária, o mote é "dá no Rafael". Ele protege, carrega, toca, passa e corre para receber e, não raro, chega na área em condições de marcar.
E para terminar, falei até com o Henrique que, teremos sim mais sobressaltos no decorrer deste difícil campeonato mas, não tenho mais dúvidas de que está surgindo um time com liga, com pegada e com jeito de campeão, não somente de campeonatos cariocas mas sim, de torneios mais categorizados. E, creiam, temos sim elenco: hoje, tivemos a grata surpresa de ver entrar em campo um meia atacante de nome Otávio. Aguardem este menino pois ele promete.
- Como para corroborar com imagens o que falei sobre emoção, vejam o que este maravilhoso time fez hoje na entrada em campo: foi de arrepiar vê-los surgir do túnel com bandeiras e entregá-las aos torcedores na arquibancada.
- Mais emoção - o garoto Hyuri, que saiu antes do fim do jogo, mal terminou a partida e, feito aquele já tradicional cumprimento da equipe à torcida, voltou e, sozinho, foi até próximo dos torcedores aplaudir e agradecer (como assim garoto? Nós é que lhe somos gratos).
- E por fim, Otávio, que até o começo dos pouco mais de 15 minutos de jogo em que atuou hoje era apenas mais um transeunte que se poderia encontrar na rua (eu já viajei no trem com o Dedé no ano passado), tirou a sua camisa já na saída dos torcedores e correu do outro lado da arquibancada, provavelmente para entregá-la a algum familiar. Hoje foi mesmo emoção pura. E, claro, um futebol de quem quer ser campeão.
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