BOTAFOGO 2 X 1 SANTOS
PEIXE FRITO - EM BUSCA DO LÍDER
Mais uma grande partida. Relembrando o jogo contra o Inter, o jogo da blitz, começamos pressionando, forçando a jogada, dando toda a pinta de que venceria fácil, talvez até com goleada.
Mas passados os 10 ou 15 minutos iniciais, sem sair gol, o Santos se aprumou no jogo, e tentava jogadas em velocidade pelas laterais, equilibrando a partida, que passou a ser lá e cá. O Botafogo ainda era melhor, mas essencialmente no meio, com o toque de bola de Seedorf e a movimentação de Rafael Marques.
Apesar da ligeira superioridade, o fato é que Seedorf tinha dificuldades para criar, Rafael Marques produzia muito, no campo todo, mas errava passes bobos, Hyuri incomodava o lateral esquerdo deles, sendo incisivo, mas ficando apagado, e Renato ficava muito apagado, não participando do jogo como desejamos. Não era ruim, mas faltava o algo mais, ou a precisão que já estamos ficando acostumados.
Felizmente, com esse domínio no meio, Seedorf pegou uma bola tendo espaço, sem a marcação duríssima que recebia, esperou a marcação chegar e esticou a bola para a entrada de Júlio César que foi para a linha de fundo e cruzou, preciso, para Rafael Marques escorar de primeira para o gol. Gol? Não, defesa do atento Aranha, mas com a bola ficando a caminho do gol, e sendo disputada pelo goleiro, zagueiro e Elias, que foi mais rápido e empurrou para o gol. 1 a 0 Fogão e alguma tranquilidade para a sequência do jogo.
Assim terminou o primeiro tempo, mas não começou o segundo. No início da segunda etapa o Santos e que tentou o abafa, mas sem tanta força assim. Logo a partida ficou equilibrada novamente, e posteriormente passamos a dominar, indicando que o segundo gol sairia. E numa boa jogada pela direita, a bola foi esticada para Hyuri, que cruzou, na cabeça do Elias, que desviou deixando o segundo lá.
Com 2 a 0 no placar parecia que seria um passeio. Pensava eu em que momento se deveria fazer as trocas, poupar Seedorf, Rafael Marques, Mattos ou quem fosse necessário. Mas numa bobeada da marcação, acertaram uma bomba de fora da área, frontal, fora do alcance de Jefferson.
Neste ponto a partida ganhou ares dramáticos. Empurrado pela torcida o Santos foi a frente. Tentou correr sem ter pernas, fez logo as 3 substituições para ganhar fôlego e ofensividade. Nós não recuamos simplesmente, tentamos criar, tentamos contra-atacar, mas nenhum gol saiu.
Ainda vimos entrar o ótimo Octávio no lugar do Hyuri, e depois o firme Gegê no lugar do Elias. Nos instantes finais Oswaldo de Oliveira ainda colocou André Bahia no lugar de Seedorf, para acabar com a minha capacidade de raciocinar e quase me provocar um ataque de nervos. Mas o time foi bem, e com Dória, Octávio e Gegê em campo, a base falando alto, soubemos segurar o placar, digo que até mais próximos do terceiro gol do que de sofrer o empate.
Mais 3 pontos, mantendo a distância de 4 para o Cruzeiro, nosso próximo adversário. E isso numa rodada onde Grêmio, Atlético-PR e Corinthians perderam. Com isso, se são incômodos 4 pontos para alcançarmos o líder, temos cômodos 5 pontos de vantagem para o terceiro, 7 pontos para o quarto, 8 pontos para o quinto e incríveis 12 pontos para o sexto, em um campeonato que tem grande chance de ter vaga na Libertadores para o G5.
Como não acreditar?
Abraços.
O time, como já se tornou tradição,
vai até à torcida no final do jogo
E o povão-fogão presente ao estádio, prontamente,
fez a justa homenagem aos nossos heróis
Olá amigos. Vejam vocês que hoje, o ‘tal’ clube sem elenco, o nosso Botafogo, esse mesmo, POUPOU JOGADORES para a próxima partida em Belo Horizonte, contra o Cruzeiro. Oswaldo 'guardou' para o jogo decisivo, a saber, Gilberto e Gabriel.
Como normalmente faço ao assistir aos jogos em casa, vou preparando um texto durante a partida, no qual anoto as ocorrências mais importantes no tempo em que ocorrem em campo para ao fim, condensar na postagem final. Só que hoje, mal terminou o jogo, recebi um já tradicional telefonema do amigo Gigante e, claro, mudei o tom da postagem.
Inicialmente, o nosso amigão, guerreiro de tantas “batalhas” no Engenhão e, nestes dias, no Maraca, mandou o seguinte recado para o narrador da partida: desejou o Gigante ao empregado daquela emissora, muito suco de caju bem batido, tomado de forma bem encaixada e, de preferência, bem longe de General Severiano. E que coisa hein? Os caras perdiam por 2x0, com o Botafogo taticamente já perfeito na segunda etapa e a cada bola em que o adversário pegava para ir ao ataque, a narração dava a entender que nós é que perdíamos e que eles estavam pestes a “fazer mais um gol”, que eles é que mandavam na partida. Que coisa mais ridícula. Os caras narram torcendo mesmo.
Do jogo, fomos mal no primeiro tempo mas, com a tranquilidade dos times campeões, conseguimos segurar o ímpeto deles e, em vez de vermos nossos atletas nervosos pela má atuação, este nervosismo acabava se transferindo para o time deles, que jogava bem, vinha à frente da nossa área mas não era capaz de incomodar o nosso goleiraço. Mas foi sim um primeiro tempo de amargar. Contabilizei pelo menos 6 atletas nossos totalmente desfocados em campo, sem acertar nada e, não fosse a citada tranquilidade, fatalmente teríamos tomado um gol de frente.
E como prêmio, ainda conseguimos sair com um gol nesta etapa. No meu caso particular, serviu não só para esfriar os ânimos com a má atuação mas também, para me acalmar depois do cartão amarelo do Dória (ele está fora do próximo jogo). Claro que no segundo tempo, o normal seria o time se encontrar em campo e isto ocorreu da melhor maneira possível: com um golaço aos 10 minutos, numa bola que, presa na lateral, foi lançada no peito do Renato que a enfiou na medida para o Hyuri. O garoto, desta vez como garçom, só teve o trabalho de olhar quem chegava e lhe colocar a redonda na cabeça. Era o Elias, era o segundo gol e era a festa. Trocamos então ‘de lado’ com o adversário. Passamos nós, de um primeiro tempo insosso para um segundo no qual o nosso futebol surgiu. Só o citado narrador contava a história do campo de forma inversa mas não me preocupei. Afinal, dor de cotovelo deve ser um problema sério.
Eles ainda conseguiram um gol (belíssimo gol, jogada imarcável) mas o nosso time, provando que está mesmo maduro, não se abalou e segurou a onda até o apito final. Com as substituições, tivemos aos 26 o Otávio no lugar do Hyuri, e mais Gegê aos 37 no lugar do hoje herói Elias, com André Bahia substituindo Seedorf aos 44. Serviu para vermos o Otávio fazer uma jogadaça pela esquerda, ali pelos 47 minutos, que acabou em escanteio. Vencemos mais uma galera. E hoje, com uma prova de que o time está com jeito de campeão. Só isto explica atuar num primeiro tempo com tantos jogadores fora de sintonia e, ainda assim, na casa do adversário (estádio cheio), sair para o intervalo com a vantagem.
Que venha o líder!
Os gols da partida - Lancenet
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