BOTAFOGO 0 X 1 GRÊMIO
Amigos,
Derrubado de novo por uma gripe, abdiquei de ir ao Maracanã apoiar nosso Botafogo. Mas sigo apoiando e acreditando, daqui de casa.
Postagem dupla mais uma vez combinada com Paret, que acaba de me passar SMS lá do estádio, e completará a postagem após o jogo. A informação dele é que a fila está boa, indicando um público razoável, algo importantíssimo. É momento de apoiar, estar junto, e não desistir. Nossa campanha é especial, e apesar do momento complicado tem tudo para ter um final feliz.
Aproveitando este momento diferente, resolvi fazer também algo diferente. Farei minha postagem dentro do jogo. Começo com este pré-jogo, com a TV já ligada e com imagens do Maracanã, hoje todo em rosa pela adesão à Campanha de Luta contra o Câncer de Mama, e comentários e estatísticas dos times.
Espero que o jogo seja duro, pegado, amarrado. Grêmio vem com 3 zagueiros e 3 volantes, segundo as notícias dão contas. Nós vamos com desfalques, sem Bolívar, entra Dankler, sem Edílson, entra Gilberto, e sem Gabriel, entra Renato, e sem Elias e Hyuri, entra Henrique.
Acredito na entrada do Bruno Mendes no segundo tempo. Talvez tenhamos Lucas Zen ou Gegê ou Dedé ou Octávio. Vai depender do andamento.
Oswaldo de Oliveira já disse que tomará cuidado com os contra-ataques, então o time não deve atacar com ímpeto total. Será um jogo complicado, talvez complicado até de se ver, exigirá paciência de todos, inclusive da torcida. Quem bobear ou se desesperar primeiro corre o risco de perder.
Conforme publicado pelo Lancenet, temos as seguintes escalações:
"Desta maneira, o comandante alvinegro manda a campo Jefferson; Gilberto,
Dankler, Dória e Júlio César; Marcelo Matos, Renato, Lodeiro e Seedorf;
Henrique e Rafael Marques. Do outro lado, sem surpresas, Renato Gaúcho
escala o Grêmio com Dida; Werley, Rhodolfo e Bressan; Pará, Souza,
Ramiro, Riveros e Alex Telles; Kléber e Barcos."
Volto durante e no final da partida, e depois teremos a impressão de quem viu lá, ao vivo: a postagem do Paret.
Intervalo de jogo e vamos perdendo de 1 a 0.
O jogo não trouxe grandes surpresas. O Grêmio começou postado atrás, e o Botafogo tinha posse de bola e iniciativa. Mas com quase 100% de posse de bola, só fomos finalizar com 3 minutos de jogo, em cabeçada de Henrique que não levou o menor perigo.
O jogo seguiu assim, com Grêmio só esboçando o primeiro contra-ataque aos 8 minutos, também sem o menor perigo.
Com 15 minutos de jogo eu perdi definitivamente a paciência com o Lodeiro e seu futebol tesoura de mágico. Em bola na entrada da área ele cortou, cortou, cortou e cortou, e nada! Porque não chutar ou passar a bola?
Definitivamente nosso problema é o meio. Lodeiro só corre, briga e nada produz. Hoje foi possível perceber como o bom futebol do Gabriel sumiu e faz falta. Ele está suspenso, Renato entrou em seu lugar e com poucos minutos deu pra ver como o bom passe do segundo volante está fazendo falta. Renato veio buscar a bola e distribuir o jogo, facilitando o trabalho de Seedorf. Mas isso durou poucos minutos, e logo Renato sumiu.
O Botafogo corria risco cedendo escanteio, a jogada mais perigosa do time deles. Por outro lado, eles faziam falta e batiam, e numa tentativa de contra-ataque deles, Kleber chutou e deixou as travas lá em cima, para acertarem a coxa de Dória. Cartão vermelho e o Grêmio com um a menos.
E o time sentiu... mas não o deles, e sim o nosso. O Grêmio se desdobrou, passou a correr mais para suprir a falta do Kleber. Como Lédio Carmona, comentarista do Sportv, falava, era jogo de paciência, e o Botafogo ficou se sentindo pressionado. Se desesperou no ataque, deu o contra-ataque, e numa jogada que Dankler e Gilberto, que vinham bem demais, mas falharam por aquela questão de falta de ritmo, deram espaço e o jogador do Grêmio acertou o chute no ângulo de Jefferson, sem defesa.
Pelo jogo, com calma, era perfeitamente possível empatar ainda no primeiro tempo e matar no segundo. Não empatamos, e agora iniciamos o segundo com a saída de Lodeiro para entrada de Bruno Mendes.
Não será fácil. A torcida já está pra lá de impaciente, e o time muito nervoso.
Fim de jogo.
Podemos resumir o resultado com dois motivos: uma falha defensiva e uma incapacidade ofensiva.
Mais de 20 chutes a gol e só um levou perigo, de Renato de fora da área, defendido pelo Dida em dois tempos. Mais de 10 escanteios e nenhum levou o menor perigo. Também não levaram perigo os insistentes cruzamentos e as bolas alçadas na área.
Substituições? Sairam Lodeiro, Mattos e Henrique. Entraram Bruno Mendes, Jeferson e Sassá. Mas nada de diferente aconteceu.
Tivemos a bola, em alguns momentos nossos zagueiros chegaram a fazer a marcação na intermediária... deles. Mas de nada adiantava.
Agora até o vice-campeonato começa a ficar distante. Precisamos conquistar esta vaga na Libertadores, e para isto muita coisa terá que mudar, mas não há muito o que mudar.
O momento psicológico é muito pesado, o clima está ruim, e até as notícias de fim de jogo dão conta disso: Oswaldo de Oliveira passou mal na saída de jogo, o que gerou grande preocupação. Até a suspeita de um enfarto havia. Todos com o coração apertado.
E o mais grave, se o momento psicológico ruim não passar, até a continuidade da Copa do Brasil se tornará complicada.
Como se reinventar mais uma vez? Espero ouvir algo de bom do Paret, que deve estar retornando deste sufoco.
Abraços.
Terminado o jogo, ao descer a rampa ouvi pelo rádio que Oswaldo de Oliveira teve um mal súbito mas, já no hospital, foi declarado fora de perigo. Então, mando-lhe o meu recado.
Oswaldo. Desejo (desejamos) melhoras mas,
quando sair daí, leia isto.
O TIC-TAC JÁ ERA – TREINA LOGO OUTRA COISA!
Olá amigos alvinegros.
Retornando do estádio, não adianta dizer que esperei a cabeça esfriar para escrever pois o que fui fazer mesmo foi cuidar de banho, refeição e uma atenção aos filhos. A cabeça mesmo não esfria tão cedo.
Quando este jogo começou, vi um Botafogo partindo para cima do adversário com vontade, fazendo até com que este se acomodasse em campo e começasse a chutar a bola para o lado que o pé dos seus atletas estivesse virado. A falta de saber o que fazer do time deles foi tamanha que até a expulsão do Kléber se deu por este motivo, ou seja, se éramos o já conhecido arame liso destes últimos jogos, também conseguíamos, hoje, anular todas as jogadas de ataque deles.
Mas, não sei se por aquela situação de que falei na postagem anterior, a do “há coisas...”, ou mesmo se pelo momento cruel que vivemos, abrimos um buraco formidável na nossa defesa em falha dupla do Dankler e do Gilberto, que tinha até uma atuação de razoável para boa e, ato contínuo, veio um atleta deles, recebeu a bola, preparou o chute com tempo para pensar, olhou o canto oposto do Jefferson e ensacou. Foi o que bastou para que o nosso time se perdesse em campo.
O tic-tac desgraçado então se mostrou na sua face mais cruel. Seedorf (vaiado do meio do segundo tempo para o fim), que tentou algumas boas jogadas até àquele minuto 37 (o do malfadado gol), não acertou mais nada, Renato, sozinho para criar, até chutou uma bola perigosa mas ela não desviou o suficiente para entrar e, creiam, perdemos um jogo para uma equipe parecida com aquela do Corinthians de que falei aqui há algum tempo, time grande, com bons jogadores mas com futebol de segunda divisão do campeonato carioca. Pasmem meus amigos mas, num jogo em que não fizemos quase nada em campo, apenas um goleiro praticou defesa difícil: o deles. Este adversário entra no jogo retrancado, tenta tocar e penetrar com 2 baita atacantes (Kleber e Barcos) mas a sua vocação para a retranca é tanta que no segundo tmepo, o jogo foi de ataque contra defesa e creiam, eles tiram uma bola na sua área e o chute sai para qualquer lado. É feio ver um time desses como um dos dois melhores do país.
Falei aqui por semanas que não tínhamos elenco, acho que naquela fase dos empates no fim, fomos então escalando garotos que davam certo e isto começou a ser mascarado mas agora, com um sistema de jogo que não funciona pela simples falta de um finalizador e com garotos que, conforme reclamei, não foram escalados antes (Jeferson, por exemplo, para cobrar faltas), precisamos desesperadamente do tal fato novo o qual também cobrei há umas duas rodadas. Sem este fato novo, o ano já era. Talvez possamos salvar o período final da temporada com a Copa do Brasil mas, jogando o que estamos, até a mediocridade flamenguista periga nos superar.
É triste? Muito triste mesmo certo? Imaginem então para quem já vai ao estádio esperando complicações em campo e tem que presenciar o que presenciei hoje.
- Seedorf (que pena) começou a acertar mais passes mas ‘morreu’ com todo o time após o gol. Pior em campo sem medo de errar. Começou a ser vaiado e, ato contínuo, recebeu uma bola virada da esquerda e a perdeu, por baixo do pé, pela linha lateral. Jogada bisonha.
- Gilberto, creiam, foi o melhor jogador do nosso time. No primeiro tempo, insinuante e driblador, chegou a fazer um barulhinho no lado esquerdo da defesa deles mas ao olhar para o meio, “não achava” o Lodeiro. Sumiu no segunto tempo.
- Lodeiro – quase não foi visto em campo hoje.
- Renato – Talvez o segundo melhor em campo mas criou sozinho e sem ter com quem tabelar ali no meio não vai render nunca. Deu o nosso melhor chute a gol.
- Henrique – não dá.
- Bruno Mendes – esperamos ansiosamente que ‘volte’ daquele bom ano passado.
- Dankler – falhou junto com Gilberto no gol mas esteve firme e seguro. Tem futuro no time.
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