Boa noite amigos alvinegros. Aqui, ainda escreve o Paret. Cheguei agora há pouco da rua (são 23:30h) e, surpreso, encontrei a jóia abaixo, trazida como comentário na postagem anterior pelo Diogo e que, claro, tinha que virar uma postagem. Um achado destes tem vida própria e assim, viemos, nesta sexta-feira esperançosa, com a nossa tradicional Postagem da Galera.
Antes, apenas uma atenção especial do nosso povão do blog para deixar uma notícia muito boa. A Rádio Tupi informou agora há pouco, que o clube depositou hoje os dois salários que estavam atrasados, pagou igualmente o reclamado prêmio pela conquista do Carioca e, na semana que vem, irá pagar um dos dois meses dos direitos de arena em atraso.
Amigos alvinegros:
Como o inteligente amigo Paret já deve ter percebido, escrevo em diversas páginas, com apelidos diferentes, inclusive sobre o Botafogo. Esta eu escrevi no Lance, na coluna do General, e reproduzo aqui(sempre com a moderação, porque Henrique e Paret sabem que gosto demais de uma moderação...cada louco com sua mania..kkkk
Eis o texto:
Já que Nelson Rodrigues foi citado pelo SEMPRE BOTAFOGO, reproduzo um pequeno trecho de uma crônica de Nelson Rodrigues, em O Globo de 28/12/1963, há 50 anos atrás, portanto. Crônica encontrada no ótimo livro…”A SOMBRA DAS CHUTEIRAS IMORTAIS”:
Escreveu Nelson Rodrigues sobre o botafoguense, no apogeu de Garrincha:
“..,, o alvinegro autêntico paga para sofrer. O botafoguense autêntico, repito, prefere a catástrofe. E, quando o time perde, ele se realiza. Pode clamar, espernear, arrancar os cabelos, amaldiçoar e soltar os cães de sua ira. É a vocação da calamidade que torna inconfundível o botafoguense irreversível.
Na Sicília, quando um moribundo escapa de morrer, a quase viúva cai em frustração. Ela se sente espoliada do seu defunto e respectivo velório. É a mesmo tristeza do alvinegro que não tem nenhum pretexto para soluçar as suas mágoas clubísticas. Felizmente, em 1963, o Botafogo perdeu o tricampeonato. E seus fanáticos podem descarregar, em todas as direções, o seu potencial de ira.
E por que o Botafogo perdeu o tricampeonato? é porque vendeu Didi. O Botafogo continuou a perder o tricampeonato quando pensou, simplesmente pensou, em vender Garrincha. Um clube que admite, mesmo como hipótese, a venda de um Mané tem mesmo a vocação da catástrofe. O Botafogo perdeu de vez o tricampeonato quando vendeu Amarildo. O joelho de Mané é apenas o castigo. Eis a conclusão: se o Botafogo quis vender Mané, e se negociou Amarildo, e se entregou Didi, é porque queria se dilacerar no arrependimento da expiação”
Sem querer entrar no mérito da crônica, ou fazer comparações descabidas ou juízo de valor, acho que Nelson Rodrigues entendia muito bem a alma botafoguense.
Mas, nós,,alvinegros autênticos” temos que virar esta página da história do Botafogo. Temos que ter a esperança eterna na vitória. Com Oswaldo, com Rafael Marques, com o grupo unido, vamos ser botafoguenses diferentes…vamos amar somente a vitória. E apenas ela nos deve interessar!
Diogo.
Diogo.
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