Tá aí o que nós queríamos.
A fera chegou!
Ramón Díaz.
Quem é?
Craque argentino contemporãneo de Diego Armando Maradona. Seria o camisa 10 da seleção, não fosse da mesma geração do craque da Copa de 86. Com 61 anos completados em agosto passado, sua estréia como jogador no River Plate se deu em 1978. Era meia armador mas tinha um bom faro de gol, o que o levou mais adiante à posição de homem de área. Em 1979, naquele mágico título mundial sub 20 dos argentinos no Japão (à época, categoria ainda denominada juvenil), foi destaque num torneio que começou a mostrar ao mundo a genialidade do camisa 10 mais famoso daquele país, Maradona.
Claro que isto levaria mais tarde a atitudes de ciumeira e desdém por parte do famoso 10. Naquela que foi a decepção argentina na Copa de 82 (eliminados com um sonoro 3x1 ante o Brasil), Ramón viu sua última chance de brilhar num mundial com a camisa alviceleste. O gol único da Argentina contra nós naquele torneio foi anotado por ele, sendo também seu único gol no mundial. Não voltou mais a jogar pela seleção, suspeita-se, por exigência do Maradona, que não queria dividir o estrelado com um jogador que, goleador nato, poderia ofuscá-lo, privando assim o mundo de ver a dupla campeã em 86.
Seu currículum
Como técnico, que é o que nos importa, foi campeão pelos seguintes times.
River Plate
Apertura: 1996, 1997 e 1999
Clausura: 1997 e 2002
Copa Libertadores da América: 1996
Supercopa Sul-Americana: 1997
Torneio Final: 2013–14
San Lorenzo
Campeonato Argentino
Clausura: 2007
Al-Hilal (Arábia Saudita)
Campeonato Saudita: 2016–17
Copa do Rei: 2017
Recebeu ainda o prêmio individual de melhor treinador do campeonato argentino em 2014
Já treinou também o Oxford United, o América do México, o Independiente, a seleção do Paraguai, o Al Ittihad, o Pyramids e acaba de deixar o Libertad do Paraguai.
Sua comissão técnica é formada pelo filho, Emiliano Díaz, como auxiliar técnico e ainda, Jorge Pidal (preparador físico) e Osmar Ferreyra, também auxiliar técnico.
Atualmente desempregado, tinha em mãos duas propostas: a do Botafogo e de outro time do mundo árabe, onde a oferta de salário era muito mais vantajosa. Optou pela história, pela camisa.
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Principais características:
Querer que os seus times sempre procurem o ataque. Usa a filosofia de que "estar perto da área adversária é, ao mesmo tempo, obrigar o adversário a distanciar-se da nossa área". Usa o dinamismo e a velocidade, com posse de bola e jogo coletivo. Imagina-se um time dirigido por ele com aquele toque de bola característico argentino e, acho, temos atletas capazes de fazer isto, claro, afastando-se os erráticos para, ou treinarem ou irem embora.
Na defesa, a meta é sempre a rápida retomada da bola para, com uma boa saída (toque de bola coletivo), armar uma jogada perigosa (contraataques, preferencialmente).
Acho que será uma excelente aposta. Vamos pagar para ver. Afinal, ele está chegando com este pensamento abaixo.
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Comentário mais interessante no twitter sobre a contratação - "o plano C era bem melhor do que os planos A e B".