Jogo termina empatado - 1x1
E quase demos uma aula de
E quase demos uma aula de
como segurar o Cruzeiro
A cena inicial, não podemos esconder, foi preocupante: um time entrando em campo, mesmo após um abraço geral, em ritmo de desânimo quase total, pouquíssima gente no estádio e uma persperctiva sombria em relação ao resultado da partida, “aos gols que poderíamos levar” hoje, já que do outro lado, tínhamos ninguém menos do que o melhor time do campeonato, com sobras.
Viemos com a novidade no ataque, Rogério, e vejam que a primeira grande chance de gol foi nossa, com Lucas mandando um balaço que o goleiro deles colocou para escanteio. Isto foi logo aos 9 minutos e o que tínhamos era, de um lado, um timaço (o deles), organizado, com toque de bola efetivo e muito eficiente e do outro, o nosso grupo, bons jogadores sem muita liga, espírito de luta a fim de suplantar nossas deficiências e muita marcação. A nossa marcação hoje foi tão fechada, tão forte que, no fim da partida, Dória caiu no gramado sem mais poder se segurar em pé.
E assim, fomos segurando a onda até que surgiu a bola boa: num cruzamento da direita, Edilson, que atuava como meia, escorou e o goleiro deles, que acabara de ser elogiado pela TV como selecionável, escorregou e papou o frango. Não era problema nosso e o importante, a essa altura, era o placar. O 1x0 saiu para o nosso Glorioso e assim, a expectativa era de ver o que faríamos para segurar um adversário na forma técnica e tática em que eles estão. A esta altura, o nervosismo se fazia presente o tempo inteiro naquele Maracanã até animado, apesar do público de pouco mais de 13 mil pessoas.
Alguns dos nossos jogadores, definitivamente, não estavam bem mas ainda assim, dois deles, Carlos Alberto e Emerson, procuravam, com a sua técnica, dar valor à posse de bola, atitude necessária para a situação em que estávamos, com um gol de frente e tendo que segurar o timaço deles. E como marcávamos. Dória, finalmente, voltou à forma que lhe deu fama e no conjunto, mal eles começavam um toque de bola e tá tínhamos um atleta nosso para cada adversário, dando bote sem se preocupar com o drible o que, não raro, nos fazia retomar a bola.
Confesso que, de tudo o que esperei deste jogo, ir para o intervalo vencendo não figurava como opção (ou pelo menos não era uma das minhas 10 primeiras opções nas previsões que fiz). Mas não tomamos gol e, na volta do vestiário, o ímpeto era o mesmo da parte inicial (nos primeiros 10/15 minutos). Bollati, machucado, saiu para a entrada do Rodrigo Souto mas a esta altura, sofríamos pressão e uma pressão absurda, com o jogo correndo apenas no nosso campo, praticamente na nossa área. Claro que a saída do argentino só fez as coisas piorarem e assim, eles não demoraram a empatar. Mas o nosso time não se entregou. Aos 19 minutos, ganhamos uma falta na frente da área e no mesmo momento, Rogério, muito cansado, saiu para a entrada do Julio Cesar. A princípio, ninguém entendeu mas depois, ficou claro que o Julio iria jogar mais à frente para liberar o Carlos Alberto mais para a área. Edilson não conseguiu nada na cobrança da falta e com o jogo agora mais dividido, ora com o time deles no ataque, ora com o nosso, Zeballos entrou, aos 25 minutos, no lugar do extenuado Calos Alberto.
Nosso time então completou as 3 substituições mas a má fase se fazia presente. Emerson Sheik, cansado a não poder mais, era menos um em jogadas nas quais tentava um drible ou um passe e, não raro, cedia contraataques perigosíssimos. Só que ele é o Sheik, o homem da esperança de gol e assim, sempre havia a expectativa de que, num contraataque bem encaixado, pudesse resolver a partida. Os contraataques até vieram mas nada conseguimos, o que de todo, vendo este empate pelo ângulo que aqui já falei, o de enfrentarmos o melhor time do campeonato com sobras, não foi o pior negócio para o Botafogo hoje.
- Rogério muito mal, provavelmente fora da forma ideal para o nível da disputa, nada produziu.
- O mesmo jogo fechado, eficiente e de raça que fizemos em boa parte daquele de domingo contra o Flamengo, fizemos hoje, só que quase sem falhar na marcação.
- E que felicidade vermos o Dória “de volta”. O garoto parou de falhar e no fim do jogo, chegou a cair no gramado de tão cansado. Segurou mesmo a onda e foi um dos responsáveis por não termos perdido hoje.
- Digna de nota também a atuação do Jefferson. O nosso o goleirão, que ninguém quer como titular da seleção brasileira, nos salvou hoje do pior. Ele, junto com Dória, foram gigantes num momento tão delicado do time.
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