BOTAFOGO 2x1 MADUREIRA
Terceira rodada - carioca/2014
Enfim, chegamos aos 5 pontos
Enfim, chegamos aos 5 pontos
Fomos para este jogo com os titulares ainda sem o Ferreyra, mas as notícias pré-jogo já davam conta de sondagens para valer em cima de Jadson (SP) e Amauri (Parma).
Claro que, mesmo sem ritmo, mesmo com o futebolzinho burocrático do Lodeiro e mesmo com inúmeros toques laterais, a categoria deu o tom e a diferença deste para o time dos dois primeiros jogos era flagrante ou quase (atuávamos com 10, já que não “se via” Henrique em campo). O gol até demorava a sair mas as jogadas eram muito mais elaboradas, algumas até lindas mesmo. Até à parada técnica, conseguimos rondar o gol deles por pelo menos 4 vezes, levando real perigo. Até que aos 27 minutos, veio a luz, veio a alegria, VEIO UMA FALTA.
Já tivemos Marinho Chagas e Jairzinho (bomba e categoria), Já tivemos Juninho e Lúcio Flávio (bomba e categoria) mas até que o Edilson se mostrasse um exímio cobrador no estilo ‘bomba’, nem Seedorf foi tão efetivo já que marcou apenas uma vez, contra o Atlético-GO (e Andrezinho não fez nenhum). Pois temos de novo bomba (Edilson) e categoria (J. Vagner). E como o nosso novo 10, que estava apenas jogando razoavelmente, colocou a redonda com categoria. Para um jogador assim, basta levantar a bola por cima da barreira e, simplesmente, ignorar o goleiro. Botafogo 1x0
O time passou então a atuar tão bem que, finalmente, na segunda etapa, conseguimos ver o Henrique. Vejam que até ele, um centroavante baixinho e meio frágil, acabou fazendo um gol de cabeça logo aos 2 minutos. O 2x0 no placar era então confortável sim mas confortável confortável mesmo, cometo a heresia de dizer, mesmo que o nosso time estivesse numa improvável situação de estar perdendo, era ver o nosso toque de bola, era ver os nossos ótimos laterais e, principalmente, ver que acertamos mais uma vez com Jorge Vanger e o ótimo Bollati.
E aí meus amigos, fomos perdendo um gol atrás do outro (podemos por na conta da falta de ritmo) que veio enfim surgir o gol deles aos 36, numa bola que parecia dar tempo para o Jefferson chegar, apesar do chute fortíssimo. Sendo ou não falha, o nosso arqueiro se recuperou plenamente, com o rush que veio depois, numa super defesa no meio da área. O abafa que se fez então foi quase cruel. O time adversário, que poderia estar cansado, passou a correr como se tivessem todos os 11 ido rapidinho a um balão de oxigênio. Foi complicado sair daquele sufôco mas assim que o treinador consertou uma besteira que fez ao colocar, depois dos 2x0, mais 2 atacantes em campo (um deles trocado pelo Henrique), se redimiu tirando o Sassá para colocar outro volante de marcação.
Como este gol deles saiu já no fim da partida, com a mudança (o conserto da mudança errada), conseguimos arrefecer aquela correria deles tirando as bolas com mais qualidade e fomos levando o jogo com menos perigo até o seu fim. Posso dizer então que já fiquei menos preocupado para o jogo da próxima quarta-feira em Quito.
Bolatti – que belo jogador. Visão de jogo, volante que sabe distribuir o jogo e virar uma bola tirando-a do espaço mais congestionado. Vamos reclamar da perda do Rafael Marques e do Hyuri sim mas vamos igualmente concordar que o nosso meio de campo ficou vistoso com este Hermano e o Gabriel.
Jorge Vagner – “é apenas o início, é ainda o início do meu retorno ao futebol brasileiro. Vamos trabalhar muito mais”. Foram as palavras do craque na saída para o intervalo, que ainda sorriu quando o repórter o lembrou das palavras do Bolívar que disse que já havia ganho muitos bichos (prêmios) com gols dele na época do Inter.
Eduardo Hungaro – Henrique já havia me falado que o cara tinha fama de fazer coisas malucas na base. O episódio do Sassá hoje mostrou isto claramente (entramos com ele e Yguinho no segundo tempo quando já ganhávamos por 2x0).
Amigos,
Depois da experiência de terça, ao recordar como é o entorno de São Januário, e constatar que a situação só piorou, resolvi, sendo o jogo às 21 horas, assistir de casa mesmo.
Não vou falar muito, pois já notei que Paret escreveu bastante, então sei que terei pouco a acrescentar. O que posso dizer é que foi um bom treino. Devemos lembrar que este (não sei se com mesma escalação) Madureira venceu o Fluminense.
Não que isto qualifique tanto o Madureira, mas mostra que vencer, mesmo que por 2 a 1, faz deste jogo um bom treino, que é o que ele foi. Não havia maiores pretensões.
O principal foi feito. Duas excelentes estreias, de Jorge Wagner e Bollati. Um bom funcionamento do esquema pretendido, com 3 volantes, que reforça a defesa e sendo bem feito e com os jogadores certos não se torna defensivo. Ano passado já havia sugerido ver este esquema, com Mattos, Gabriel e Renato, mas na única vez que foi utilizado, não havia funcionado.
Quando Julio César sofreu a falta eu falei na hora: Jorge Wagner! Meu filho tentou me corrigir informando o jogador correto que havia sofrido a falta e eu respondi: "não, estou falando que vai cobrar."
Estava certeiro na expectativa, realmente continua sendo excelente cobrador de faltas e isto já é um ganho para o time. E também foi muito bom ver Julio César, Lodeiro e Bolívar produzindo bastante em campo.
E também foi bom ver que o time pode evoluir. Henrique não é definitivamente jogador de área, e se tivéssemos um centro-avante nato, poderíamos ter ampliado bastante o placar.
Com o time cansando, Húngaro partiu para alternativas: tirou Henrique, pouco eficiente, mas que conseguiu deixar, finalmente, seu gol lá, e colocou o Yguinho, que parece ter muito mais cacoete de centro-avante, mas não parece ter a menor maturidade para jogar nos profissionais, e talvez nem técnica. Mudou pouco.
Aí veio minha primeira preocupação, nitidamente Lodeiro, Jorge Wagner, e Bollati caíram de ritmo. Normal, mas preocupante se sabendo que falta uma semana para uma partida a 2800 metros de altitude.
Húngaro então mostrou que não quer ficar preso a um esquema, e trocou o 4-5-1, na verdade um 4-3-2-1, retirando um volante e colocando um atacante de lado de campo e velocidade. Saiu Bollati e entrou Sassá. Mas não funcionou, e é fácil entender.
Com um a menos no meio, se tornava mais fácil ao Madureira equilibrar as ações no meio. Mas com Jorge Wagner e Lodeiro também cansados, perdemos muito de rendimento. Para piorar, a inexperiência, e sendo sincero, baixa técnica e efetividade da dupla de ataque, não tornou quase em nada o Botafogo em mais ofensivo. Tudo bem, tivemos umas oportunidades, uma até mesmo com o Sassá, de fazer o terceiro, mas foram eles que marcaram, e com o placar em 2 a 1 partiram para o abafa.
Então Húngaro tomou uma medida extrema, mas acho que elogiosa. Assumiu que o teste dera errado, e voltou o time para o 4-3-2-1. Tinha que tirar um dos atacantes que entrara, e colocar um volante. Sobrou para o Sassá, que estava mais efetivo que Yguinho, até porque ele era o jogador de lado, e no esquema proposto era bom ter um atacante centralizado e de preferência alto (Yguinho é mais alto que Henrique, e Sassá bem baixo).
Irritação natural por parte do Sassá, um certo fiasco que pode deixar alguns torcedores assustados e com medo, mas eu diria que uma atitude natural de um técnico em um treino, ao tentar uma variação tática e constatar que ela não funcionou.
O que ficou de mais preocupante em tudo? Para mim foi constatar que o elenco está muito fraco. O time B, que seria a reposição, está muito abaixo deste que jogou hoje.
Renan pode substituir Jefferson. Lucas a Edílson, Dankler ao Bolívar, e Renato e Gegê, ou mesmo Aírton, podem recompor o trio de volantes. Só isso.
Não há opção para Júlio César, Lodeiro, Jorge Wagner e para o Ferreyra, que nem vimos jogar e não sabemos se vai emplacar, mas que temos acreditar que sim.
Reforços são necessários, e rápido.
Abraços.
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