Não toma conhecimento do Náutico
e goleia - 4x1
Neste jogo de hoje, o meio de campo tão criticado foi trocado e pelo menos um dos reclamados, Daniel Carvalho, saiu jogando. O outro que entrou então, com as saídas do Tomas e do Otávio, foi o Camacho, ficando o Arão para compor o trio. O técnico devia lá ter suas razões para colocar o Camacho e não o Elvis e no fim, a composição do 11 hoje ficou a contento, como se pode ver pela chuva de gols hoje em Recife (vídeo abaixo).
Os gols do jogo - Youtube (ESPN)
Pela primeira vez no campeonato, vi um time mais desorganizado do que o nosso. Time desorganizado, é bom que se frize, no campo, na armação tática, na troca de passes e de saída de bola. Este aí me lembrou os Botafogos dos piores jogos. A desorganização deles era tanta que a ótima atuação do nosso time, que entrou jogando com focado em tudo o que acontecia nos três setores do campo, acabou por deixar, depois dos 10 minutos, o Botafogo mais preguiçoso, mais lento e cadenciando o seu jogo de forma a parecer estar dormindo.
Mas o que aconteceu então para que esta sonora goleada se tornasse realidade?
Vou ser sincero - a ruindade deles. Como se desmanchou o futebol do Náutico, de março para cá. Lembro que vieram ao Rio no primeiro jogo da Copa do Brasil e encurralaram o adversário daqui, quase conseguindo levar uma vitória para Recife. Pode ter sido perda de jogadores, algum tipo de briga interna, não sei. O que sei é que, daqueles pequenos que percebem a nossa sonolência e tocam eles a bola como se fossem o nosso time, não vimos nada neste Náutico de hoje.
Mas nem por isso pode-se deixar de enaltecer esta bela vitória. O meio de campo funcionou, Daniel Carvalho se houve bem e Camacho, mesmo não acompanhando os companheiros, não desafinou e ainda foi o autor do lançamento que resultou no primeiro gol. E a coisa foi tão bem que até o vagalume Luis Ricardo, que na primeira parte do jogo de hoje, além de nada produzir ainda atrapalhava várias jogadas do time lá na frente, na segunda etapa cresceu com o todo mas ainda assim, não tenho medo de afirmar que é um jogador de espasmos. Já quanto ao Sassá, que hoje também saiu jogando por conta da suspensão do Neilton, parece que descobriu o seu play ground. Que o time pernambucano consiga um patrocinador bem forte e o leve no ano que vem, para que o Botafogo possa fazer uma boa grana.
Então, com um adversário tão desorganizado, numa jogada de abafa no ataque, Sassá se embolou com o goleiro, conseguiu empurrar para o Navarro que chutou em cima do zagueiro mas como a bola voltou para ele, cruzou e encontrou o Sassá, já de pé, livre na área. Nota, repito, para o belo lançamento do Camacho no início da jogada. Este 1x0 aos 37 minutos serviu para deixar o time a cavalheiro, já que apesar da preguiça, não corríamos maiores riscos.
O segundo tempo começou bem a caráter para nós. Nem entramos buscando tanto assim o gol mas eles jogavam de forma tão desorganizada, que mal passamos dos 2 minutos e Sassá já estava fazendo o segundo gol, agora num belo cruzamento do Luis Ricardo pela ponta. É mesmo um adversário mais desorganizado, como time, do que o nosso.
Aos 18 minutos, Diego Jardel entrou no lugar do Camacho e logo na sua primeira jogada, fez um lançamento para o Daniel que cruzou mas Sassá, à frente do gol, perdeu o terceiro. E hoje, apesar do 'cai-cai' e da frouxidão quando trombava com algum marcador, parece que o Sr. Diego "L. Flávio" entrou com o pé abençoado. Aos 24 minutos, botou a torcida do Náutico para fora do estádio mais cedo, ao receber uma bola vinda do escanteio (jogada provavelmente ensaiada) e fazer um belíssimo gol, com direito a corte no zagueiro e tudo.
Logo depois, Ricardo Gomes tirou Carleto e colocou Diego Giareta mas o jogo seguiu morno, ou seja, nem eles faziam nada e muito menos o Botafogo se esforçava. Mas ainda assim, a goleada se armou aos 34 minutos, numa jogada em que a zaga parou e Arão cruzou da direita e encontrou Sassá livre para só escorar, marcando o quarto gol do time e o seu terceiro no jogo.
Logo depois do quarto gol, saiu o hoje apagado Navarro para a entrada do Vinícius. Já no fim, eles conseguiram o seu gol de honra, em impedimento, numa jogada parecida com a do nosso primeiro gol (só que este, com Sassá em posição legal, atrás da linha da bola). Foi um gol que de nada lhes serviu, já que haviam perdido o pique necessário para tentarem mais alguma coisa. Acho que a série A já está sendo vista sem binóculo.
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