BOTAFOGO 1 X 1 PALMEIRAS
Gols e lances do jogo - Premiere_Youtube
Ganhamos um ponto.
Perdemos dois pontos.
Deixamos de perder três pontos.
Foi um resultado que pode ser enxergado pela ótica que se
quiser. Jogamos em casa, mas contra o vice-campeão brasileiro e paulista, dito
elenco mais caro do Brasil, completo, e nós cheios de desfalques...
Fomos a campo sem João Paulo, ausência a se lamentar por
quase todo ano, Renatinho, Luiz Fernando, Moisés e de última hora o Marcelo
Santos, volante que chegou a pouco e vinha jogando.
Entramos escalados com Gatito, Marcinho, Carli, Rabello,
Gilson, Matheus Fernandes, Bochecha, Lindoso, Leandro Carvalho, Brenner e
Valencia. Podemos dizer que parecia um 4-3-3, com os últimos 3 fazendo o trio
de ataque, mas era de verdade um 4-3-2-1, com 3 volantes e dois meias abertos,
ficando Brenner a frente.
E isso deu um nó no Palmeiras. Seus laterais pouco podiam
apoiar, pois ficavam seriamente expostos, e no meio não conseguiam vantagem
frente a marcação dos nossos três.
Sem bola, nossa marcação não os deixava jogar, com bola
sabíamos girar a bola e procurar os espaços. Ainda pecamos bastante no último
passe e pecamos mais ainda nas finalizações.
Foi um jogo equilibrado, e se não foi exuberante, foi sim
uma partida divertida. O primeiro tempo terminou no 0 a 0, e apesar do nosso
maior número de finalizações, ao final do jogo a posse de bola foi meio a meio.
Mas coube a eles abrir o placar.
Numa das raras bolas perdidas no meio, na saída para o jogo –
normalmente só perdíamos mais a frente, já nas tentativas de último passe – o Palmeiras
conseguiu armar o contra-ataque, Rabello foi envolvido pelo atacante, mesmo sem
dar espaço para o chute dele, que rolou para o que vinha de trás marcar sem
chances para Gatito.
Mas isso não abateu nosso time. Alberto Valentim fez pequenas
mudanças... Pimpão no lugar de Leandro Carvalho, Marcos Vinícius no ligar de
Bochecha. Claramente o objetivo era aumentar velocidade e melhor o passe
ofensivo, sem contar em dar um gás novo, pois os dois que saíram estão ainda
pegando ritmo.
Mais à frente tivemos a saída de Matheus Fernandes para a
entrada de Kieza. O time ficou bem ofensivo, partiu para cima, empatou com gol
de Rabello, e teve oportunidade de virar, apesar das tentativas de
contra-ataque do Palmeiras, inclusive com um sufoco no minuto final.
O fato é que vimos um time aguerrido, que o técnico já pegou
mão, e que se conseguir manter este nível de concentração e vontade poderá
fazer frente a qualquer adversário da série A. É suficiente para sonhar com
algo mais alto? Eu creio que ainda não. Mas considerando o retorno dos 5
citados lá no início, a chegada do Aguirre, a volta de Leandrinho, e mais algum
reforço que possa vir, tanto da base – ao estilo da grata surpresa de ontem, Bochecha
– ou contratado no mercado, podemos sim aspirar um espaço no G6.