BOTAFOGO 2x1 GUARANI
Em Campinas
Não gostei nada do início de jogo do Mattos e do Elkeson, mas Márcio ‘Jubassauro’ Azevedo compensava com suas boas estocadas pelo lado esquerdo. Muito útil hoje este nosso jogador. Na marcação contudo, íamos bem e até conseguimos, em dado momento, avançar nossos meias e marcá-los na sua saída de bola.
A verdade mesmo é que entramos em campo hoje sem medo nenhum de ficarmos na defesa ou pelo menos, de ficarmos atuando mais na destruição do que propriamente armando jogadas para o gol. Até tocávamos bolas que chegavam à frente da área deles, mas o último passe não estava bom e os nossos ‘quase-gol’ hoje, Herrera e Elkeson, atrapalhavam mais do que ajudavam. Vejam que o primeiro bom chute a gol deles só veio acontecer aos 14 minutos, quando já fizéramos várias jogadas lá na frente e havíamos conseguido inúmeros escanteios.
Aos 23 minutos, ‘Erreira’ cometeu seu primeiro “quase gol”, numa jogada incrível na qual bastava chutar com violência. Se a bola não entrasse, criava-se com certeza uma grande dificuldade para o goleiro. Aí então o adversário começou a tentar chegar à nossa área vez que vários dos nossos jogadores nada faziam em campo. Posso citar sem medo de errar Fellype Gabriel, Elkeson, Andrezinho (só tocava para os lados), Herrera, Lucas (nulo) e Renato e então, se a coletividade tentava marcar bem, individualmente deixávamos a desejar. E foi assim que tomamos o gol, falhas individuais em série e o atacante deles não perdoou.
Mas vejam que mesmo fazendo seu gol, mesmo com tantos jogadores nossos sem nada produzir hoje, mesmo assim o adversário não metia medo.
O castigo do gol veio pela situação de jogarmos com um atleta tão inútil em campo, a saber o Herreira. Ironia do destino, quem acabou resolvendo a parada nesta fase do jogo como centro avante clássico foi o festejado Renato, jogador que começou sua carreira neste time adversário. Bela cabeçada e gol merecido, pela fraqueza do time deles e pelas chances que criamos.
Veio então o segundo tempo e o filme se repetia. Criávamos, criávamos mas o último passe era de uma falta de calma que irritava a nós aqui na frente da TV. Ninguém se posicionava bem na área e o último passador, por sua vez, jamais conseguia colocar a bola no lugar certo. Herrera ganhou um companheiro no quesito ‘quase gol’, o Elkeson, quando ambos deixaram de fazer um daqueles gols feitos nos primeiros 10 minutos.
E foram perdendo gols. Aos 12, aos 14 e o antes decantado bom adversário, sexto colocado do paulistinha, assistia ao festival de erros e gols perdidos do nosso time com uma passividade inacreditável. Eles não conseguiam se organizar nem quando recebiam um rebote pronto para um contraataque, sempre atrapalhados na hora de trocar passes. Só conseguiram uma jogada destas chegando na nossa área, após o nosso “centésimo” quase gol, aos 17 minutos desta etapa, mas uma boa defesa do Jefferson e a trave nos salvou.
Era incrível a quantidade de jogadas de gol que desperdiçávamos, ora com os quase gol, ora por aquele último passe sem capricho para quem estava na área. O ‘quem não faz, leva’ rondava o estádio, jogo empatado, o Botafogo querendo, pedindo para arranjar problemas para o segundo jogo aqui mas nosso volume de jogo era tamanho, era tão grande, que aos 22 minutos, numa bola muito bem invertida pelo Gabriel, Renato caprichou na matada e a cruzou em cima do Herrera. Se ele não se mexesse, a bola bateria nele e entraria.
Imagens do jogo - Youtube
Segundo gol, calma, mas o nosso time, que gosta de nos fazer passar sufôcos, deu espaços para o adversário vir. E eles vinham mas felizmente, com a fraqueza de um time mediano, nada produziam de perigo. Oswaldo foi trocando alguns jogadores, Gabriel pelo Caio aos 32, Herrera por William aos 39 e no fim, Menezes no lugar do Elkeson aos 42. Fomos chamando o time deles para a nossa área, chegamos a ver uma jogada de perigo mas hoje, este time era bem menos efetivo do que aquele 13 que jogou aqui no Rio. Muito bom para nós mas que o time se cuide. A quantidade de jogadas que criamos e não fizemos gols, se acontecer num jogo contra o São Paulo, bastará a eles uma chegada na nossa área para que o caldo entorne. Olho vivo, Fogão!
- Lucas já era.
- Herrera também já era.
- Fábio Ferreira, ídem. É isso
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