BOTAFOGO 1X1 BANGU - A volta do Jobson
As primeiras notícias deram conta de que Mattos ficou de fora por “incômodo muscular”, e a pantomima dos sempre pessimistas de que a torcida não iria ao jogo se mostrou furada logo na primeira imagem que surgiu do estádio. A torcida foi e naquele estádio em que não cabia mais do que isto, 4 mil alvinegros foram ver a reestréia do Jobson. O time entrou de Lucas Zen no lugar do Mattos, deixando o time com 5 desfalques a saber, Maicosuel, Elkeson, Felipe Gabriel, Andrezinho e o citado Mattos.
Começamos bem o jogo, sentindo sim os desfalques mas partindo para cima até os 5 minutos, M. Azevedo não tão bem no apoio como ocorrera no jogo anterior mas marcando com eficiência, mas vejam que o primeiro perigo de gol fomos nós que sofremos, aos 8 minutos, com um chute perigosíssimo e na sequência, uma bola na linha do gol em que poderíamos ter saído atrás no placar. Felipe Menezes, quando exigido para armar o jogo, vinha com um passe fabuloso, bola sempre no pé do companheiro e em condições de rara favorabilidade, mas nas disputas de bola ainda continua com a mesma lentidão que tanto irrita o torcedor.
Eles começaram, depois da bola de perigo, a criar jogadas de área prevalecendo-se da falta de ritmo do Zen na marcação e, jogando de forma compacta, dificultavam as ações do Botafogo que não conseguia criar praticamente nada. Em 25 minutos, tivemos apenas 3 chutes a gol e mesmo assim, apenas o do Caio, pouco antes do tempo técnico, levou algum perigo. E assim foi o time, lutando contra suas deficiências, segurando (ainda bem) o ímpeto de um Bangu bem mais criativo e eficiente do que aquele do primeiro turno mas, ainda assim, com muitas dificuldades, nossos jogadores não faziam a bola de ataque chegar limpa para os homens lá na frente. Uma boa jogada nossa acabou não redundando em gol, devido à falta de pontaria do Caio, que chutou na trave aos 40 minutos mas ainda assim, era o time deles que respondia com mais algumas jogadas de perigo.
No segundo tempo a vontade do povão foi atendida: Loco saiu para dar lugar ao Jobson mas este se apresentou muito fora da forma técnica ideal, apesar de estar fininho. Deve levar algumas rodadas para readquirir um melhor condicionamento e passar a fazer com maestria as jogadas que tentou hoje. E o time, que melhorou um pouco conseguindo impedir as jogadas de perigo do adversário, não conseguia contudo ser eficiente também no ataque. O Botafogo decididamente não estava bem na partida, não conseguindo se impor como time grande e a prova disto foi a entrada do Cidinho no lugar do Caio justamente no tempo técnico.
Cidinho entrou em campo e deu boa mobilidade ao ataque, mas na primeira boa bola que meteu para Jobson, o garoto deslocou o goleiro mas o gol não valeu por impedimento. Nosso time contudo conseguiu tirar o adversário de vez da nossa área e passamos nós finalmente a mandar no jogo. Herrera passou a acertar mais e numa triangulação maravilhosa entre (me permitam) 3 craques do time, Jobson tocou para F. Menezes, este lhe devolveu a bola e Jobgol serviu Cidinho à feição para que este, com um toque inteligente, abrisse o placar. Eram então 29 minutos de jogo e vinha a ser o momento ideal para que saíssemos do zero. Que belíssimo gol, galera. Mas Jefferson cometeu mais um daqueles erros de saída de bola e isto permitiu ao adversário retomar a redonda e chegar à nossa grande área em boas condições de chute. Almir então não perdoou.
Que castigo, sofrer o empate no momento em que o time havia melhorado tanto na partida. Jefferson então entrou em campo, fez logo uma boa jogada no ataque, sofreu falta e a cobrou à maneira dos grandes, mas o goleiro defendeu para escanteio. Mas nosso time não conseguiu se manter por muito tempo com o mesmo ímpeto do momento do gol e o empate acabou por trazer outra vez o adversário para a nossa área. Ficamos vivendo dos bons deslocamentos do Jobson, rápido e sempre sozinho na frente mas ainda assim, faltando-lhe o melhor ritmo de jogo para decidir. E não deu mesmo para mudar o panorama que se apresentou a partir daí. Nosso time não criou mais, ficamos à mercê das velhas e manjadas levantadas de bola na área mas sem ninguém que pudesse resolver com uma cabeçada, os cruzamentos eram inócuos.
Final de jogo, notícia da volta de 3 dos 4 machucados contra o Vasco no domingo da próxima semana e vida que segue. Agora é a Copa do Brasil. A culpa na saída de jogo foram os buracos no campo e as pipas atrapalhando na primeira etapa. O campo também foi de novo o vilão, vez que empatamos com o Nova Iguaçu, ali mesmo, no primeiro turno. Tem que melhorar, Fogão! Nada de desculpas para quem quer ser campeão.
- Daquela classe de jogadores que são craques, mas trocam o time pequeno pelo grande e seu futebol desaparece com o peso da camisa, Tiago Galhardo é um dos mais novos representantes. Almir talvez também se enquadre nesta categoria, apesar de ter sido decisivo e ter jogado bem hoje.
- Jogamos mal mas o adversário surpreendeu. Este Bangu aí não é sombra daquela equipe fraquíssima do primeiro turno.
- Por mais que Jobson ainda careça de melhor forma técnica, os dias do Loco parecem mesmo contados no ataque do alvinegro.
- Jogou bem o Felipe Menezes, com as conhecidas falhas na hora de proteger a bola. Muito bem em campo foram Cidinho e Antonio Carlos. Jogaram muito mal hoje Caio, Zen, Loco e com a falha, o Jefferson com a bola que redundou no gol que sofremos (sorry, galera). Sem comprometer mas também sem criar nada, Renato sumiu na hora da onça beber água e os nossos laterais voltaram a fazerem seu papel de “arroz”: só acompanham. Jobson merece nota, pela presença e pela calma na hora do gol.
- Ponto positivo no jogo: Oswaldo de Oliveira. Bancou a saída do Loco no intervalo, deu talvez a última chance ao Caio (acho que o garoto dança no brasileirão) e as notícias dão conta de que o uruguaio pode perder espaço no time quando o futebol do Jobson voltar com tudo. O treinador ainda disfarçou na entrevista, dizendo que Loco passa por um trabalho de recondicionamento e nem viaja para a partida da Copa do Brasil, e que estas substituições irão acontecer e já estavam previstas. Sei não.
- Nossa garotada do sub-23 continua fazendo sucesso. Em torneio na Índia JOGANDO CONTRA TIMES PROFISSIONAIS, venceu na sua primeira participação. Veja aqui.
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