BOTAFOGO 2X0 SÃO PAULO (No Morumbi)
Mais uma VITÓRIA estilo BLOG. Com letras maiúsculas. Uma vitória maiúscula, fruto de domínio, técnica, conjunto, paciência e objetividade.
Sem tentar fazer um minuto-a-minuto do jogo, podemos mesmo assim dizer que com 6 minutos o Maicosuel já havia dado duas canetas. Mas isso não significa que o jogo foi fácil. Na verdade o São Paulo sabia ocupar os espaços no meio, e dificultou muito a vida de Elkeson e Maicosuel, que foram implacavelmente, mas corretamente, marcados o jogo todo.
Mesmo assim, ambos conseguiam boas jogadas individuais, principalmente quando conseguiam o toque rápido. A partida era truncada, sem dúvida. Um jogo de líder contra quarto colocado, na casa do líder. Não poderia se esperar que fosse muito diferente.
Felizmente a marcação do Botafogo também acertava. Alessandro jogou uma excelente partida, vibrando, e com erros que qualquer jogador pode cometer durante os 90 minutos. É fato que neste esquema de jogo ele não precisa apoiar muito, e nesta formação, atuando como lateral-zagueiro, ele vem se saindo bem.
Somália fez excelente partida. Começou errando um passe com 1 minuto de jogo, mas depois se recuperou e dominou a entrada da área do Botafogo. Conseguiu várias roubadas de bola, e se tivesse mais qualidade no primeiro passe poderia ter fornecido muitos contra-ataques mortais ao Botafogo. E foi assim que surgiu nosso primeiro gol, uma roubada de bola do Somália no meio, neste caso mais adiantado, com o São Paulo ainda tentando sair para o jogo, um passe rápido e preciso para Maicosuel, que neste momento estava no meio, que abriu para Elkeson, já pela entrada direita da área.
Elkeson, o Fabuloso, não tinha muitas opções, pois assim como a defesa do São Paulo não estava plantada, o Botafogo não estava com o ataque preparado. As principais opções seriam tocar para Somália ou retornar para o Mago, mas ele preferiu o corte para dentro e arriscar o chute de longe. E Rogério Ceni, o famoso caçador de borboletas que o Paret já citou, resolveu pular em camêra lenta, devagaaaaar... fatal, um frango engolido e bola lá na rede.
O jogo continuou truncado, até o final do primeiro tempo, e depois até o instante derradeiro. Ambas as equipes se ressentem dos desfalques, mas mesmo assim se mostram consistentes, justificando a posição ao topo da tabela. Hoje o Botafogo apresentou mais conjunto e organização, e mereceu a vitória.
Já no segundo tempo, em torno dos 15 minutos, a TV mostrou como o jogo era travado e o Botafogo mais incisivo, apresentando as estatísticas de 9 chutes alvinegros e 4 tricolores. Poucos chutes, mas o suficiente para justificar a vitória parcial do Botafogo.
Na continuidade do segundo tempo o que vimos foi a mesma dificuldade do Márcio Azevedo em manter o ritmo, com um certo excesso de passes errados. Acabou sendo substituído, com o Caio Jr colocando Araruama, que entrou com o objetivo de virar sombra do Rivaldo, que havia entrando minutos antes no São Paulo tentando melhorar o passe deles. Como foi a saída de um lateral para a entrada de um volante, o natural seria o deslocamento de um dos volantes para fazer a esquerda. Eu esperava que isso ficaria com o Somália, mas Caio Jr. deslocou Lucas Zen, o Matemático, para aquela função. E como é preciso o garoto.
Realmente o Lucas Zen merece um parágrafo a parte. O Braso já alerta nos seus comentários, e eu mesmo avisei: quem não presta atenção, não percebe o quanto ele aparece no jogo. Sempre chegando junto na primeira ou segunda bola. Ou dá o primeiro combate, ou faz a cobertura. No primeiro tempo, por exemplo, ele conseguiu se antecipar ao atacante são-paulino, numa jogada que o Fábio Ferreira (ou Antonio Carlos) havia ficado batido. Evitou um cara-a-cara com Renan.
No segundo, fazendo a função na lateral, conseguiu impedir o salseiro que o Marlos, rápido, enjoado e ensaboado atacante paulista tentou fazer. Creio que a única jogada que o Zen perdeu foi por conta de um escorregão que sofreu numa tentativa de drible do atacante deles. O drible funcionou, mas chamo de tentativa porque só funcionou em função do escorregão, provocado pelo descolamento de um imenso tufo, quase uma placa, de grama.
O São Paulo tentava atacar, mas esbarrava na marcação. O Botafogo saía em velocidade, mas tinha dificuldades em encaixar o contra-ataque. Everton fazia boa partida, mas não vejo como ele possa chegar ao nível do Elkeson e do Mago. Mesmo assim, num contra-ataque, a bola foi aberta na entrada da área pela esquerda, Maicosuel invadiu, deixou a bola ficar para trás, o zagueiro passou desembestado, e quando o Mago tentava retornar, para já sem marcação rolar para alguém, ou mais provavelemte chutar já próximo a pequena área, foi puxado. Penalti, sem dúvida.
E aí veio a batida precisa do Herrera, para ampliar o placar. Este gol do Herrera, junto com a boa atuação, se movimentando pelos dois lados, voltando para buscar, fazendo pivô e infernizando os zagueiros, dá mostra que os argentinos do Brasileirão começam a se recuperar: Herrera desencantou hoje, Montillo fez golaço contra o Vasco, e na rodada passada o Conca já mostrou estar voltando à qualidade conhecida. Parece coincidência, não?
Daí para frente o jogo se tornou um jogo de xadrez. Caio Jr. decidiu retirar o Mago, que já apresentava cansaço, e colocar Caio. O cansaço do Maicosuel parece natural, pelo retorno. Por sinal, falando em retorno, a evolução do Fabio Ferreira, pegando ritmo, salta aos olhos.
Mas o Everton também pediu substituição, e é algo que me preocupa, esta condição física dele. E lá foram Caio e Cidinho para campo. Ambos entraram bem, mas não mostraram a mesma eficiência do jogo contra o Grêmio. O motivo disso? Acho bem simples, o adversário era muito melhor, e muito mais eficiente na marcação. O São Paulo passou 90 minutos tentando fazer o Botafogo não jogar, e conseguiu em boa parte do tempo, mas mesmo assim arrancamos os dois gols. Por outro lado, eles também não conseguiram jogar, e tiveram poucas jogadas eficientes de ataque, mas quando conseguiram chutar, pararam nas mãos do nosso goleirão Renan.
Nunca tive dúvidas que o Renan estava preparado para ser o reserva do Jefferson. Mas a atuações dele cada vez dão mais mostras de que ele está preparado para ser titular no Botafogo ou qualquer grande time. Algumas pequenas falhas nas saídas pelo alto? Alguma pequena, quase ínfima, insegurança em algumas jogadas? Muito pouco mesmo, e diria que são falhas típicas dos goleiros brasileiros, que até o "incontestável" (essas aspas são propositais, não tenham dúvida) Júlio César, titular absoluto da seleção, as comete, basta não esquecer da Copa do Mundo. Se não bastar a comparação, no final das contas, hoje, Renan foi muito mais seguro e preciso do que o veterano Ceni.
Pessoal, é isso. Vamos dormir em terceiro lugar a 2 pontos do líder. Ao final da rodada estaremos, na pior das hipóteses, em quarto lugar a 2 pontos do líder. Vamos ver o jogo do Palmeiras amanhã. Mas estamos firmes na briga com os paulistas.
Abraços!!!
E aí veio a batida precisa do Herrera, para ampliar o placar. Este gol do Herrera, junto com a boa atuação, se movimentando pelos dois lados, voltando para buscar, fazendo pivô e infernizando os zagueiros, dá mostra que os argentinos do Brasileirão começam a se recuperar: Herrera desencantou hoje, Montillo fez golaço contra o Vasco, e na rodada passada o Conca já mostrou estar voltando à qualidade conhecida. Parece coincidência, não?
Daí para frente o jogo se tornou um jogo de xadrez. Caio Jr. decidiu retirar o Mago, que já apresentava cansaço, e colocar Caio. O cansaço do Maicosuel parece natural, pelo retorno. Por sinal, falando em retorno, a evolução do Fabio Ferreira, pegando ritmo, salta aos olhos.
Mas o Everton também pediu substituição, e é algo que me preocupa, esta condição física dele. E lá foram Caio e Cidinho para campo. Ambos entraram bem, mas não mostraram a mesma eficiência do jogo contra o Grêmio. O motivo disso? Acho bem simples, o adversário era muito melhor, e muito mais eficiente na marcação. O São Paulo passou 90 minutos tentando fazer o Botafogo não jogar, e conseguiu em boa parte do tempo, mas mesmo assim arrancamos os dois gols. Por outro lado, eles também não conseguiram jogar, e tiveram poucas jogadas eficientes de ataque, mas quando conseguiram chutar, pararam nas mãos do nosso goleirão Renan.
Nunca tive dúvidas que o Renan estava preparado para ser o reserva do Jefferson. Mas a atuações dele cada vez dão mais mostras de que ele está preparado para ser titular no Botafogo ou qualquer grande time. Algumas pequenas falhas nas saídas pelo alto? Alguma pequena, quase ínfima, insegurança em algumas jogadas? Muito pouco mesmo, e diria que são falhas típicas dos goleiros brasileiros, que até o "incontestável" (essas aspas são propositais, não tenham dúvida) Júlio César, titular absoluto da seleção, as comete, basta não esquecer da Copa do Mundo. Se não bastar a comparação, no final das contas, hoje, Renan foi muito mais seguro e preciso do que o veterano Ceni.
Pessoal, é isso. Vamos dormir em terceiro lugar a 2 pontos do líder. Ao final da rodada estaremos, na pior das hipóteses, em quarto lugar a 2 pontos do líder. Vamos ver o jogo do Palmeiras amanhã. Mas estamos firmes na briga com os paulistas.
Abraços!!!