Time recebe os uruguaios
pela segunda partida das
oitavas de final
e faz um jogo épico
2x0
e faz um jogo épico
2x0
Como no último jogo que disputamos pela CB, o nosso time entrou com tudo na partida desta noite, sem deixar o adversário respirar, partindo para cima logo no início do jogo e desta forma, abriu 2x0 ainda antes dos 10 minutos de bola rolando.
Mas, antes de falar do jogo, algumas observações se fazem necessárias. Após a Copa da África, em 2010, muito se falava sobre a nova conscientização de atletas e torcedores uruguaios, no sentido de atuarem, no campo e nas arquibancadas, apenas na desportividade, quebrando com isto a sanha de décadas da violência pela qual o futebol daquele país ficou conhecido.
Aos mais novos, bastará (creio) uma pesquisa na Internet para verem a queda que o craque Rivelino tomou no antigo túnel de acesso aos vestiários do Maracanã, uma escadaria franciscana, a fim de fugir da "porradaria" dos atletas da seleção uruguaia, inconformados com uma derrota e o consequente baile, inevitável, naqueles tempos, para quem tinha que jogar contra um time no qual alinhava o próprio Riva e mais, P. C. Caju, Jairzinho, Marinho Chagas, Leivinha e Luís Pereira (duas lendas palmeirenses), enfim, um craque diferenciado em cada posição, algo inimaginável hoje em dia, mesmo que reunissem num só time todas as grandes seleções da atualidade.
Pois, como diria o Jorge Benjor, mas que nada! A violência continua aí, conforme já se viu nas atitudes covardes contra os palmeirenses, no seu jogo contra o Penharol e agora, na selvageria vista hoje no campo e no setor sul, a área destinada aos visitantes.
Fui de "leste superior" e, nos últimos minutos, tentávamos comemorar este novo baile mas nos estarrecia, não somente a pancadaria patrocinada pelos perdedores no campo mas, mais ainda, a consequência desta violência futebolística que se via na torcida adversária. Ante um torcedor imobilizado por um segurança por ter nas mãos uma cadeira arrancada, logo um outro arremessava a outra cadeira neste segurança, chegando, ao fim e ao cabo, a um total de 250 cadeiras quebradas no estádio. Absolutamente lamentável.
Sem que se tomem sérias providências contra isto, a coisa só tende a piorar
DO JOGO
Aquele velho e bom Botafogo, aquele que já nos acostumamos a ver na Libertadores, estava de volta nesta partida. Ocupação total de espaços no campo, sem deixar o adversário respirar, partindo para cima nos primeiros minutos como se precisasse ele, o Botafogo, do resultado e assim, passamos por cima de mais um campeão de Libertadores.
Não percam as contas: com os uruguaios, já MANDAMOS DE VOLTA PARA CASA UM TOTAL DE 13 TAÇAS LIBERTADORES.
Quem vai se atrever agora, como fizeram os próprios uruguaios, a dizer que vão enfrentar o mais fraco dos adversários das chaves da disputa? Pois é, amigos alvinegros. O Botafogo voltou lá dos anos 70 e pelo que vemos, voltou para ficar. Vejam que o Jair ventura se deu ao luxo até de prescindir do Leo Valencia neste jogo, ao meu ver, simplesmente pelo fato de não precisar dele. Siiimmm: temos elenco!
E por falar em elenco, o que foram aqueles 20 minutos do Guilherme hein? Simplesmente endemoniado. E da nossa zaga então, o que dizer? Elogiar é pouco, faltam palavras para definir como jogaram o Igor e o Carli. Do Bruno Silva e mais, Matheus, Lindoso, João e, enfim, todo o elenco. Fica difícil resumir o que fizeram em palavras.
Acho que a coisa pode ser descrita assim: nas limitações que possuem, nossos atletas fizeram com que o time atuasse de forma quase perfeita durante os 95 minutos. O adversário, a rigor, não teve uma chance sequer de marcar. Este é o Botafogo que todos nós merecemos.