QUE BOTAFOGO É ESSE?
Em busca de mais conforto na tabela, time enfrenta
o Santa Cruz em Recife
Em busca de mais conforto na tabela, time enfrenta
o Santa Cruz em Recife
e mais uma vez, vence com gol no fim
1x0
1x0
O gol do jogo - Rodrigo Pimpão
Jair é fogo (Fooooooogooooooooo). Anunciou uma tal gripe forte do Neilton, o que realmente aconteceu e com isto, aproveitou para deixar em dúvida a escalação do garoto. Foi com ele a campo e quase fomos brindados com um belo gol do “gripado”, na primeira etapa.
Mas a verdade é que nem tudo eram flores neste jogo de hoje, mormente na primeira etapa. Sem o Airton e com a criatividade do Camilo muito bem marcada, sentimos a falta de um pensador ali na meiuca. O Airton assumiu mesmo a função do 10 e nesta fase, o Camilo, que usa este número, não tem conseguido produzir como fazia nas suas primeiras partidas, o que faz o time pausar mais o jogo. Mas vejam como o toque de bola hoje é bem mais responsável, como os passes errados do primeiro turno diminuíram muito e, principalmente, como o conjunto se supera a cada substituição ou a cada ausência. Sassá e Leandrinho ainda entraram (Yaca substituiu o Vitor, contundido) e o grupo não perdeu em homogeneidade e, vivas, ainda chegou à vitória, a mais uma vitória no fim do jogo.
Analisando o comportamento desta equipe, diferentemente das temporadas (das que me lembro) de 2005, quando arrancamos ante o Paraná (que se classificou depois para a Libertadores) e Atlético-PR em sequência, com um 4x1 aqui e um 5x0 lá, de 2008, quando engrenamos 8 a 9 vitórias seguidas e de algumas outras depois, desta vez, deixamos para embalar no fim e vejam, alguns mais afoitos já falam até em título, o que é algo quase lunático.
Mas neste ano, de verdadeiro, temos que:
- Descobrimos um zagueiro que ontem, até a própria mídia já questionava sobre o porquê de ele não ser o titular da cambaleante seleção da Argentina. E vamos combinar: sem ele poderíamos ter perdido este jogo.
- Temos no banco hoje um treinador que já havia tentado dar o ar da sua graça no ano passado e que agora, parece que subiu justamente no seu momento de mostrar todo o talento que tem para comandar (e que parece que vai ser igual ao do pai para jogar).
- E do banco, inacreditavelmente, temos agora, nem mais nem menos, UM BANCO.
Sim meus amigos: temos banco. O que seria ter banco senão pegar o estranho Yaca Nuñez, colocá-lo em uma fogueira depois da outra (e ontem, até para ajudar o lateral esquerdo) e o cara, sem um erro sequer, jogar como se ali fosse a sua Bombonera e isto, no nosso caldeirão e na casa do adversário? E no ataque então? Se o Sassá ainda carece de mais força física, o Pimpão, que até há algumas semanas era jogador de segunda divisão (e eu gritei por isto em tudo o quanto era lugar em que emitia a minha opinião), hoje, decide jogos como se fosse um atacante de experiência europeia.
Então meus caros amigos alvinegros, vem daí a minha indagação lá em cima – Que Botafogo é esse? Me expliquem pois, acompanhando este time desde que saí das fraldas, até hoje nunca tinha visto nada igual aqui. Já vi até um cara chamado Paulo Amaral, policial que passou a atuar como treinador, fazer o time correr por um turno só como se fossem 11 Usain Bolts e com isto, detonar até a máquina tricolor do Rivelino (em 1976). Ele conseguiu simplesmente fazer o genial mas preguiçoso Mário Sérgio correr feito um menino mas aquilo ali era meio xiita, meio suicida: o time ganhava um turno mas no seguinte, estava morto e assim chegava à decisão.
Agora é diferente. Agora existe a correria por 90 minutos mas as peças são poupadas, agora o banco entra e dá conta do recado e ontem, percebi que o Leandrinho poderá ser outra surpresa lá no final, muito desagradável sim mas SÓ PARA OS NOSSOS ADVERSÁRIOS – se este garoto voltar à forma, as surpresas podem não parar até dezembro. Enfim meus amigos, este time não me surpreendeu por chegar à zona da Libertadores mas sim, por jogar da forma como joga em todas as partidas. E se nestes jogos fora perdemos um pouco daquela fome de bola da nossa Arena e com isto, somos atacados e corremos até certos riscos, os atletas não deixam a casa cair, se entregam e mesmo perdendo por vezes o foco no jogo, levam a vontade de vencer até o fim.
É o que eu tenho visto do nosso time nos últimos meses. Aguardo a opinião de vocês.
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