Atende pelo nome de ... P L A N E J A M E N T O.
E isto, definitivamente,
faltou ao Botafogo na gestão Maurício Assumpção.
Desde 2009, com o belo primeiro time montado pelo dirigente doublé de dentista dos poderosos da política do Rio, já se percebia no Assumpção aquele traço de peixe mais acostumado ao aquário do que ao mar. Lembrem-se como, naquele mesmo 2009, entregamos de bandeja um campeonato carioca para o adversário, só porque ele levou um nó do dirigente do time de lá e fez acordo para que o nosso time, que atropelou o Vasco na semifinal, ficasse trocando passes para os lados na final da T. Rio, com aquela conversinha de se fazer as finais para faturar um dinheiro extra.
Ato contínuo, vieram os empresários e conseguiram convencê-lo de que poderia montar um bom time com gente do baixíssimo nível do Leo Silva, do Vitor Simões e, pasmem, do, à época, mais jovem aposentável de que se teve notícia no futebol: Jonatas. Vida que segue e veio aquilo que seria a pedra de toque dos seus dois mandatos: a contratação do SEEDORF. Mas cadê time para flutuar em volta do craque, de forma a permitir que ele nos brindasse apenas com o cérebro e não, que tivesse que se desdobrar em 3, em 4 dentro do campo, com a finalidade de suprir a carência técnica de vários naquele elenco? Foi o fato mais marcante no quesito ‘falta de planejamento’, ou seja, brigou para trazer o craque mas não preparou o terreno de maneira adequada.
E, por fim, dando uma de Montenegro em 1996, depois de termos conseguido alcançar de volta a vaga na Libertadores, alegando um ano difícil, foi negociando atletas fundamentais num time em que precisávamos apenas encaixar um matador (e que fosse mesmo El Tanque) e no lugar, trouxe mais gente de qualidade duvidosa.
Planejamento meus amigos, em competição de alto nível, passa longe disso.
AS CURTINHAS DO PLANEJAMENTO 'MAURICISTA'
O Planejamento à moda Maurício Assumpção,
texto de leitura proibida para estudantes de Administração de Empresas.
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- A preparação para a Libertadores - no intervalo da partida de ontem, via-se, pelas entrevistas, vários jogadores sem fôlego, MESMO JOGANDO, POR VEZES, DE 15 E 15 DIAS. Percebe-se agora que a comissão técnica inteira ignorou solenemente o fator 'ritmo de jogo' nas longas folgas de jogos oficiais dadas aos titulares.
- Com todas as receitas penhoradas, não foi buscada nenhuma saída para a crise de salários, MESMO COM A GRANDE VISIBILIDADE DO TIME NA COMPETIÇÃO INTERNACIONAL. A torcida dobrou até a Rede Globo, que vai transmitir o nosso jogo na próxima quarta, a organização da Libertadores elevou o nome do time/clube, com a expressão O Gigante das Américas e, surpresa das surpresas, após a vitória contra o campeão argentino, até um site ligado ao clube deles se desmanchou em elogios ao nosso futebol e ao público no Maracanã. Nada disso, porém, foi usado como catalizador para dar um freio nos problemas financeiros que se avizinhavam.
- O acordo com a Telexfree não apresentou nem sombra do que parecia prometer: empresa estrangeira, de grande porte e com fôlego financeiro para bancar a empreitada do clube em 2014. Por onde andou a Telexfree nesta crise financeira toda? Falaram em quase 10 milhões ao ano no acordo firmado com o clube mas cadê este dinheiro? E os 25 milhões anuais da Viton 44 (Guaraviton)?
- Quando a crise de salários surgiu, a falta de habilidade administrativa da diretoria para lidar com o assunto foi de assustar até camelôs da Rua Uruguaiana. Já vi adversários entrarem em parafusos complicadíssimos, com uma crise atrás da outra mas como por milagre, saírem das mesmas em um jogo, uma vitória e um ôba-ôba na mídia. E não somente agremiações populares. Times de torcida parecida com a nossa, igualmente, contornam suas crises com mais habilidade do que a mostrada pelos 'maurício´s boys'.
- Na verdade, o que todos nós queríamos era entender. O problema é que este imbróglio parece, pelo menos por enquanto, inexplicável.
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