BOTAFOGO 1 X 1 CORINTHIANS
Fomos mais uma vez a São Paulo, em partida com mando trocado, e saímos com um empate providencial.
O jogo em si mais uma vez não foi bom, mas podemos ver consistente evolução no grupo, apesar de algumas peças destoantes.
Iniciamos a partida escalados com Renan, Lucas, Bolívar, André Bahia, Júnior César; Airton, Bolatti, Edílson, Zeballos, Wallyson e Ferreyra. Não dava para saber se era um 4-4-2, um 4-3-2-1, com 3 volantes, ou mesmo um 4-3-3, no tradicional estilo utilizado pelo Brasil na Copa de 70.
Apesar do domínio territorial, ou de iniciativa, uma vez que a posse de bola era quase igual, o Corinthians pouco levava perigo ao gol do Botafogo.
Em compensação o Botafogo fazia o mesmo. Ferreyra ficou isolado na frente, e apesar da insistência do narrador em criticá-lo, indicando que ele deveria sair, era visível que este não era o problema, mas sim a lentidão na ligação defesa-meio-ataque, um problema que as duas equipes enfrentavam.
Nossas puxadas de contra-ataque ficavam dependentes do Bolatti, jogador cadenciado, de Zeballos, que não demonstrou rapidez de raciocínio no jogo, e de Lucas e Edílson, nas triangulações pela direita.
Em um jogo com estas características o gol acabou saindo em jogada individual, onde Jadson deixou Bolatti pra trás e bateu no canto, cruzado.
Podemos dizer que o jogo foi para o intervalo assim, mas antes, aos 43 minutos, Wallyson fez a jogada que resumiu sua atuação. Recebeu bola na esquerda, avançou ameaçando ir à linha de fundo, ameaçou cruzar, ameaçou cortar pra dentro, e foi avançando, avançando, ameaçando, e pronto. Saiu de campo com bola e tudo, sem fazer nada.
No segundo tempo vieram as substituições. Primeiro Daniel no lugar de Lucas, fazendo Edílson voltar para lateral. Isto deu mais mobilidade e agudeza ao time, mas o jogo ainda continuou quase com a mesma cara, tendo inclusive Renan salvo o segundo gol.
Depois entrou Gegê no lugar de Wallyson, e mesmo sem Gegê render praticamente nada, o time foi crescendo, talvez também pelo cansaço do Corinthians, e pelas mexidas erradas do Mano Menezes.
Começamos pressionar, chegando por alguns minutos o jogo a ficar no estilo "aluga-se meio campo", com as rebatidas, populares chutões, da zaga corintiana que iam parar na nossa intermediária serem recebidos pelo Renan.
Logo veio a última substituição, entrando Jorge Wagner no lugar do eficiente, mas sempre amarelado, Aírton. E que decepção mais uma vez. Mesmo assim seguimos dominando, mas sem levar tanto perigo assim, até que aos 40 minutos do segundo tempo a bola puniu a falta de ousadia do Mano Menezes. Edílson avançou bem, deu lindo corte no lateral, e chutou cruzado, uma bola que iria para fora, mas acabou desviada para as redes pelo zagueiro. O jogo, que até aquele momento ia com cara de derrota normal do cameponato, estava empatado.
Daí foram 5 minutos de aflição, com mais 4 de descontos, o Corinthians tentando pressionar, mas o jogo equilibrado, com cara de que qualquer coisa poderia acontecer, mas nada. Terminou assim mesmo. Não sem antes, agora aos 43 do segundo tempo, Jorge Wagner errar o seu tradicional passe na intermediária que dá o contra-ataque. Felizmente a bola saiu em escanteio que não deu em nada, só em um contra-ataque do Botafogo no qual faltou pernas para o Zeballos.
Agora é pausar para a Copa, tentar não perder muitos jogadores, e dar mais padrão ao time. Fiquei com a nítida sensação que se Wallyson, Jorge Wagner e Gegê rendessem 90% do que podem, o que não é muito, o time poderia jogar muito mais.
Abraços.
PS: No meio da digitação do texto precisei dar uma saída e só agora pude completá-lo, então vou direto para os comentários, que já vi que são 3, mas ainda não li.