Você é nosso visitante nº_
marcador de visitas

A LENDA - clique na imagem e faça um tour pela gloriosa história do Botafogo

23 de jul. de 2025

BOTAFOGO - EAGLE FOOTBALL



 
 
Boa noite, amigos alvinegros!

Trago aqui, nesta quarta-feira de folga do time no campeonato, um apanhado de tudo o que foi possível depurar acerca do imbróglio "John Textor-Eagle Football.

Todos sabem que o Boss se afastou do clube francês Lyon após inúmeros contratempos com os órgãos esportivos daquele país mas, soube-se depois, a sua saída do comando do clube de lá foi, antes, um movimento político.

Mal se deu a sua saída e como num passe de mágica, todos os problemas foram resolvidos inclusive o mais grave, que seria a ida do clube para a segunda divisão francesa por motivos extra campo.

Segue então a posição de cada ator neste imbróglio.

Michele KangOriginaria do ramo de empresas de saúde, a sul coreana vendeu a sua companhia no ano passado e passou a atuar no ramo do esporte feminino, caminho que a levou a ser dona do time feminino do Lyon e consequentemente acionista da Eagle original.
É considerada a figura capaz de levar o futebol feminino do atual estágio para um patamar de competitividade e marketing bem alto, mesmo com um longo caminho ainda a percorrer. Não será espantoso se conseguir: as diferenças em todos os outros esportes entre homens e mulheres é apenas no tempo que a força física permite, mas para ficar nos exemplos do basquete e do vôlei, tanto no masculino como no feminino não se vê mais discrepância além daquela proporcionada pelo tipo físico.
Aqui um adendo: assumiu o controle do Lyon e da Eagle, o que levou à saída do Textor MAS LONGE DE TER O AMERICANO COMO DESAFETO. Há tempos fecham em matéria de trabalho.
E aqui talvez o principal ator a provocar toda a mudança e que no fim, ajudou a evitar o pior em relação ao clube francês: O grupo ARES MANAGEMENT.
Ares Management - Trata-se de uma empresa global de investimentos. Tradução: grupo que nada em dinheiro e ao qual recorrem empresários (gente igualmente grande) que precisa de liquidez para fazer negócios. Emprestam, claro que tomam pedaços do negócio ou bens do tomador do empréstimo e a garantia está feita.
Em 2024, Textor procurava avidamente um clube europeu para o seu portfólio. Tentou o Benfica, quase adquiriu o Everton para, enfim, conseguir atingir o seu intento ao comprar 80% do Lyon. E já chegou lá assim como fez aqui, 'metendo o pé na porta'. É aquilo, futebol francês, historicamente fraco desde que o futebol chegou ao nível atual de business e que, com este nível de finanças, virou um campeonato monoclube, clube este (um ex pequeno de quem não tomamos conhecimento no mundial recente) que é considerado uma seleção transnacional como alguns outros na Europa mas com um adendo: PERTENCE A UM PAÍS e não somente a um dono. O governo do Catar banca aquilo ali e o 'cara de frente', o que toma conta do clube, manda em tudo por lá.
Tiro daqui, porrada dali, bomba dacolá e deu-se a desgraça. Para resumir o imbróglio, Textor cavou dinheiro de onde foi possível para resolver as pendências do Lyon. Levou os prêmios do Botafogo de 2024, atrasou o pagamento do dinheiro dos prêmios e até de outros compromissos com os nossos atletas em janeiro, dinheiro da venda do Luis Henrique, do Junior Santos mas... NADA. O órgão fiscalizador francês estava irredutível. Estava, pois ante a saída do boss ficou resolvida a pendência  e garantiu-se a permanência do Lyon na primeira divisão.
E o que tem o grupo Ares acima citado a ver com as calças? Tudo, claro. Textor comprou 80% do Lyon ou algo neste patamar, clube europeu, custo em Euros, não se podia operar um milagre. O grupo Ares foi o financiador da aquisição através de empréstimo, claro que com garantias ainda não conhecidas mas imaginamos que até O NOSSO BOTAFOGO PODE TER ENTRADO NA SEARA. Ao ver que o principal ativo do grupo, o Lyon, francês, atuando na zona do Euro e tudo o mais poderia ser rebaixado, decidiu-se numa tensa reunião de acionistas/controladores pela saída do Textor do comando do clube e da Eagle, ressalvando-se que ele foi afastado das funções e da tomada de decisões, MAS AINDA É O SÓCIO MAJORITÁRIO DA EAGLE, ou seja, não toma decisões de comando mas nada é feito sem a assinatura dele.
Com isto e, claro, abalado pelo enorme contratempo, o boss aportou por aqui e procurou aquilo que o faz e tem feito muito feliz: procurou por nós, pelo clube, pelos jogos, pelo ambiente. Foi visto curtindo a vitória contra o Vasco em Brasília, dando mais declarações de apreço ao clube, foi também visto numa roda de crianças (preparada por assessores, óbvio) felizes e barulhentas querendo uma selfie e um abraço do boss, numa mesa de bar na zona sul saboreando a sua cerveja e esperando possivelmente um petisco (coisas que mostrou ter gostado muito por aqui).

Do imbróglio - resumo

O Textor, convenhamos, meteu sim os pés pelas mãos. Com o nosso insucesso de um 2023 que parecia vir nos trazer o título como num sonho, não quis correr riscos em 2024 e saiu contratando como se não houvesse amanhã. Igor Jesus, de graça mas com salário alto. Almada e LH, mais de 40 milhões de dólares, e assim outros bons nomes que compuseram muito bem aquele elenco, mas descobriu-se que foi usado dinheiro do Lyon para cobrir essas despesas e, ainda, para pagar salários de jogadores nossos. O clube francês contava com 30 atletas mas descobriu-se que foram feitos pagamentos de salários a 52. Tínhamos atletas na reserva aqui ganhando salários de 1 milhão de reais (Tiquinho foi o caso comentado).

E para fechar com chave de lata, brigou com Deus e o mundo por lá, sonhou que o clube francês iria ficar entre os quatro primeiros do campeonato local para ascender à Champions, foi para a disputa de uma vaga na semifinal da Liga Europa contra o Manchester United e perdeu a partida quando vencia por 2 gols de diferença já nos acréscimos, enfim, se enrolou na situação de uma maneira que não deveria e no dizer do Muricy Ramalho, A BOLA AINDA PUNIU.

Não se sabe em que pé está a parte das garantias do empréstimo junto à Ares Management para a aquisição do Lyon. É assunto para um momento futuro.

A coisa é preocupante para nós? Não tem como saber e é mais uma resposta que só o futuro dirá. Falido como queria a "mídia suja" o homem não está. A contratação do Danilo, novamente por um valor altíssimo, é a prova disso e, fala-se, ainda virão mais alguns nomes antes do fechamento da janela no início de setembro.

E quanto ao Botafogo e o RWD da Bélgica, há o interesse do boss em separar estes dois clubes da Eagle Footbal. Para tal, ele já abriu uma empresa nas Ilhas Cayman e pretende negociar com seus sócios atuais a separação dos dois clubes do grupo, deixando apenas o Lyon no controle do grupo atual.

Vamos aguardar as "cenas dos próximos capítulos".
   
EM TEMPO

Ontem, ao concluir a pesquisa para esta postagem, acidentalmente encontrei um reel (vídeo curto no YouTube) do Tim Vickery, jornalista inglês correspondente da BBC no Brasil.

Trata-se de um profissional que conseguiu a proeza de sair da seara do jornalista estrangeiro que vive aqui quase no anonimato para ser assíduo participante de debates em vários canais com os brazucas conhecidos da mídia.

Neste vídeo, com aquela sua fala pausada, explicou como a venda do Manchester United transformou o clube super vencedor neste 'chove, não molha' dos dias atuais.

O MU vinha bem como um top 3 europeu (e principal clube inglês), com as contas em dia até que foi feita a venda para uma família inglesa radicada nos EUA. Eles então compraram o clube com um gigantesco empréstimo mas ao assumirem o controle, passaram a dívida para o próprio clube.

De uma agremiação vencedora com contas absolutamente em dia passaram a, como diria o Cazuza, "correr na direção contrária" e aí foi esse 'ladeira abaixo' que já dura duas décadas. Tudo de errado foi e vem sendo feito: contratações caríssimas e equivocadas, depauperamento do patrimônio, o que leva a elencos cada vez menos competitivos e vejam, isto nem de longe se deu pela ascenção do xará da cidade (o City). Foi uma botafogada 1974-2020 mesmo.

Ele então concluiu alertando clubes brasileiros de que é preciso ter muito cuidado com o 'para quem se vende a agremiação'. Não por acaso, estamos vendo que há casos e casos de projeto Saf.

Não parece ser a situação do Textor com o Botafogo.

3 comentários:

  1. Muito interessante, eu vejo com preocupação, pois certamente vai reduzir muito o orçamento e as perspectivas. Mas o retorno financeiro do Botafogo já ficou bem claro.

    ResponderExcluir
  2. Bom tenho opinião firmada com isso.

    John Textor é bilhardário, não acredito ter usado sua fortuna para colocar no Botafogo ou no próprio Lyon a não ser o depósito inicial quer foi de quatrocentosd milhões, este sim o investimento próprio e mesmo assim parcelado em 3 vezes conforme lemos nas notícias lá atrás.

    Daí em diante foi tudo investimento de retorno do dinheiro aplicado. Sempre falei desdeo início que o cara teria que ser muito louco para investir dinheiro próprio num clube com uma dívida de 900 milhões sem previsão mde retorno. E na minha humilde opinião ele já quitou 400 milhões em dívidas antigas com o retorno nestes 3 anos de SAF.

    Obviamente, foi no momento propício que ele entrou no Botafogo, pois quitou as mais urgentes e pode planejar com segurança daí por diante as outras. E sua inteligência é tão aguda que sabe que para ter bom retorno precisa ter mercadoria para colocar na vitrine, e é isso exatamente o que está fazendo. O sucesso alcançado no ano passado demonstrou que o caminho que ele escolheu é este e não vai fugir disto a não ser um caos mundial que o impeça.

    Quanto ao Lyon, depois que vim para Curitiba, onde um japones conseguiu me dar um chapéu, jamais voltei a confiar nesta raça, e a cada dia me concenço de que Pear Habor não foi por acaso.

    Um abraço a todos.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Luis mostrou aí o trabalho do Textor.

      É isso mesmo, amigão...o cara sabe o que faz.

      Paret

      Excluir


Leia aqui como o Botafogo mudou o rumo da história do esporte no Brasil (e do futebol no mundo).
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Imagens Históricas - Por Luiz Fernando do BLOG