BOTAFOGO TROPEÇA EM CASA

Hoje, mesmo com o check-in do sócio-torcedor feito, decidi não ir ao estádio pois estou no fim da cura de uma gripe histórica e com a friagem e a ventania que chegaram com a frente fria aqui no Rio, não convinha arriscar.

Começamos este jogo como sempre aqui na nossa casa: tendo a posse de bola, tentando chegar na área deles mas infelizmente, numa bobeira da marcação, acabamos por tomar o primeiro gol ainda antes dos 4 minutos, o que levou o adversário imediatamente a armar uma retranca bem forte. Isto os deixou animados e fez com que demorássemos a tomar as rédeas do jogo de forma definitiva, só que com calma, conseguimos isto e contamos, para esta finalidade, com um fator chamado 'Rodrigo Pimpão'. O cara estava possuído na primeira etapa. Como jogou hoje, se deslocando, dando ovinho e, enfim, se tornando meio que daquele seu jeito, quietinho, o líder do time em campo.

E foi assim que aquele Botafogo sonolento, sem criatividade, ante um adversário bem fraquinho mas animado, empolgado e querendo vencer aqui na nossa casa, acordou e partiu para o ataque. Perdemos um gol, dois gols até que o empate veio. Veio em boa hora, numa jogada linda e nos recolocou de uma vez na partida, aumentando a nossa posse de bola como deve ser nesta segunda divisão.

Este gol veio aos que aos 22 minutos, numa bela jogada do Gilberto, surgida de um lance vindo da intermediária média. O garoto jogou a bola na frente, ganhou do zagueiro e o cruzamento na área pegou o nome do jogo, Pimpão, de frente para o gol. Ele então subiu de cabeça e colocou nas redes de forma correta, como deve fazer um número nove verdadeiro. Passamos, como eu já disse, a ter a posse de bola em volume mas o time deles, perigoso, fez uns 2 contraataques, o que bastou para que o nosso time resolvesse reter mais a bola e acalmar os ânimos.

Mas como milagres não existem, Pimpão, o craque do primeiro tempo, mostrou porque só é craque mesmo na segunda divisão e tratou de voltar ao papel da sua vida no futebol, ou seja, ou fez quase todas as jogadas erradas ou sumiu em campo na segunda etapa. Ainda voltamos com Sassá, no lugar do Elvis, que nada tinha feito no jogo. Só que a preguiça do Botafogo voltou a campo e aliada à falta de saber o que fazer do nosso adversário, tivemos mais de 20 minutos de leniência quase total, com o nosso time tendo uma posse de bola descomunal mas sem produzir nada. E tudo isto ajudado por dois gols incríveis perdidos pelo Bill. Até que aos 21 minutos, Daniel Carvalho entrou no lugar do Diego (Lady) Jardel e mais à frente, aos 28, Renê se encheu do Bill e colocou o Henrique em campo, no que parecia ser uma troca do seis pelo meia dúzia.

E foi mesmo isso que aconteceu. Com Pimpão descendo vertiginosamente a ladeira em matéria de aproveitamento e igualando-se aos atrapalhados Sassá, Henrique e ao saído Bill, não chegamos ao gol e sequer criamos jogadas de perigo. Um empate com sabor de derrota mas que, pela gordura, acabou por não nos tirar nada da vantagem anteriormente adquirida.

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