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A LENDA - clique na imagem e faça um tour pela gloriosa história do Botafogo

27 de ago. de 2017

BOTAFOGO 2x1 BAHIA

Time vai a Salvador em busca de melhora
na tabela do brasileirão, 
vence por 2x1 e sobe para o sétimo lugar







Do fundamental à faculdade, 
em 3 atos

Olá, amigos alvinegros.

No último sábado, dia 26, completamos exatamente um ano e 2 meses da estreia do Camilo no time do Botafogo. Foi o início do primeiro ato dos 3 a que me referi no título e cuja história vou explicar agora. O jogo foi no sul do país, contra o fortíssimo Internacional. O nosso treinador, pouca gente lembra, ainda era o bom e competente Ricardo Gomes.

Naquela ocasião, uma jornalista gaúcha da TV paulista, torcedora do colorado (nem sempre gosto de trazer ao blog o nome desta gente despreparada), dizia abertamente no seu programa, na semana que antecedia ao jogo, que no domingo o Botafogo (que estava no grupo dos rebaixados ou beirando o Z4) iria permanecer lá embaixo enquanto o seu time, que era o segundo colocado do campeonato, iria assumir a liderança. Claro que entre nós, apesar do receio acerca do jogo difícil, havia a esperança de um resultado, ao menos, não muito desanimador (um empate já nos seria de bom grado). Ir ao sul naquela ocasião e trazer um ponto seria um excelente resultado para nós – aqui, a matéria do pré-jogo.

O time já vinha atuando bem sob o comando do Gomes e se formos lembrar, sua saída, poucos dias depois, se deu apenas pelo assédio do São Paulo e não por resultados. Aliás, Jair Ventura, que tinha convicções opostas às do treinador principal, teve que adotar o seu esquema de jogo, de marcação e fechamento de espaços, claro, atualizando isto para fechar mais ainda a entrada da nossa área o que, combinado ao início dos jogos do time na Arena Botafogo na Ilha, nos levou aonde levou.

Pois foi naquele jogo inesquecível, com aquela atuação de gala do Camilo, que começamos a fazer uma espécie de intensivão no ‘fundamental do futebol’. Ali começamos a encarar os grandes elencos do país e, um a um, na nossa Arena Botafogo ou até na casa deles (caso do Cruzeiro – 2x0 lá no Mineirão) colocá-los de joelhos. Os jogos contra Palmeiras (cujos atletas saíram de campo atônitos), Grêmio e Atlético-MG foram sintomáticos. Verdadeiros massacres.

E a coisa se deu de forma intensiva mesmo. “Cursos rápidos”. Já nestes citados jogos, alçamos o nível médio com aproveitamento de aluno nota 1.000. Nem precisa dizer que daquele jogo no sul, as feridas não cicratizaram mais para o adversário que “assumiria a liderança”, ao passo que para o Botafogo, começou a se criar uma liga de tal forma resistente, que mal abriu-se o ano de 2017, até copeiro o nosso time se tornou.

E veio, enfim, a “faculdade”. À base de uma cruel (crudelíssima) vitória por pênaltis em Assumção (cruel para eles, claro – crianças chorando no estádio, torcida sem entender nada), passamos para a fase de grupos da Libertadores e, de maneira eficiente e inédita na história da competição, enfileiramos campeões. Perdi a conta mas já lá se foram algo em torno de 13 Taças Libertadores para casa, golpeadas sem dó pelo nosso Glorioso. Caminhávamos a passos largos rumo (de volta) à Glória até que, na quarta-feira, tinha um clássico local a nos esperar, de tocaia, como que a mostrar que o caminho poderia sim, ser seguido a passos largos, mas os cacos de vidro estariam também ali ‘na estrada dos louros’, a nos esperar.

A esta altura, até a imprensa (notória em sua má vontade histórica com o clube), se não estava de joelhos por nós, pelo menos, já vinha nos aceitando como elenco vencedor. Pois veio a derrota na Copa do Brasil e mesmo assim, cautelosos, jornalistas e até adversários não pegaram pesado, como era costume fazerem conosco em anos passados. Mas, daqui de dentro, ficou sim o receio de que o time desandasse no brasileirão, haja vista a forma como perdemos o citado jogo e, também, pelo adversário a ser enfrentado neste domingo, repito, um ano e 2 meses após colocarmos os pés no primeiro degrau da escadaria para o céu.

O JOGO – BOTAFOGO x BAHIA, na Fonte Nova.

Repetindo Jorge Benjor, mas que nada! Hoje meus amigos, pelo menos da minha ótica, podemos ter visto a formatura do Botafogo no nível superior do atual futebol brasileiro. Como quem sai daquela citada derrota, chega no vestiário, chora sua mágoas em minutos e ali mesmo sacode a poeira e olha em frente, o Botafogo entrou em campo para este jogo renovado, de cabeça erguida e, vejam, até mudado. Sim, percebi um time propondo jogo, tendo posse de bola (aliás, uma massacrante posse de bola), não abandonando a marcação (pelo menos não de todo – por propor o jogo, tomamos o empate, com a marcação meio desligada na jogada) e se impondo ante um adversário difícil.

Este Botafogo que vi hoje não me deixou feliz apenas pela vitória, mas sim pelo que vi em termos de personalidade. Um time que perde como perdemos aquela classificação e, 4 dias depois, entra no campo de um adversário reconhecidamente forte em seus domínios e toma as rédeas do jogo como tomamos, é sim um time maduro, que tem confiança, pronto para o que vier.

Pronto para o que vier sim mas, se não vier a esperada taça continental, ainda assim, temos que estar satisfeitos pois vimos que temos time, temos elenco sim (pois a garotada “jorra” da base e vem chegando cada vez com mais personalidade) e temos uma estrutura digna do nosso passado glorioso. Desculpem por não me alongar sobre o jogo em si, mas precisei postar esta matéria pela “viagem” que fiz enquanto apreciava o ótimo futebol do Arnaldo, a postura do Bruno, do Vitor (nem parece ter sido execrado pela mídia após o gol da quarta-feira) e de tantos outros.

Tive, neste jogo (sobre elenco), a alegria de ver que, na medida em que o Marcos Vinícius passou a jogar mal, podemos prescindir da sua presença em campo pois temos substitutos que não deixam o ritmo de jogo cair. Que assim seja com o Leo Valencia, para que o chileno tenha tempo de sobra para se adaptar. E temos o Matheus Fernandes, o monstro de 18 anos que sequer jogou ontem.

De tudo isto, meus amigos, só me resta dizer uma coisa: “parabéns, meu Botafogo amado!”


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6 comentários:

  1. Bom dia caríssimos Botafoguenses.

    Não assisti ao jogo, mas sim os melhores momentos e pode-se notar que o resultado não espelhou o que foi o jogo.Só acredito que o JV perdeu uma boa oportunidade para lançar o Léo Valencia no jogo, mas como eu não mando porra nenhuma, ele é quem sabe.

    Como nós vínhamos falando aqui o cansaço começa a mostrar o ar da sua infernal graça. Dois jogadores importantes com dores musculares saíram, e a cada jogo meus cabelos ficam mais em pé com o Bruno Silva. Como temos um tempão até o próximo jogo, acho que dá para recuperar os jogadores.

    Um abraço a todos e boa semana.

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    1. Luiz,

      Com certeza era jogo para o Leo entrar, mas pelo que lembro ele estava suspenso, e por isso já se apresentou para a seleção chilena.

      Essa pausa será essencial para nosso elenco, e tomara que todos se recuperem plenamente.

      Abraços.

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  2. Postagem maravilhosa!

    Este jogo foi um dos poucos do ano que não estive no estádio e nem vi pela TV. Compromissos não me permitiram.

    Vitória importantíssima, que pode marcar a volta por cima deste elenco. E, rememorando postagem que fiz recentemente, se a meta é o G6, a vaga na Libertadores 2018, podemos dizer que ela está transitoriamente alcançada.

    Pois, se esta fosse a classificação final do campeonato, teríamos um G7 configurado, pois ou Cruzeiro (sexto), ou Flamengo (quinto), iriam pela vaga na Copa do Brasil.

    Apesar dos percalços, também enxergo que estamos no caminho certo.

    Abraços.

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  3. OLá meus amigos.

    A 'viagem', vendo de forma assustadoramente feliz o nosso time tomar conta de um jogo ali na Fonte Nova, não podia deixar de ser outra. Logo rememorei a nossa retomada, a caminhada de volta e, neste jogo, aquele gol no fim foi a prova de que a justiça sempre é feita. O empate seria bom para os dois até pelo que o adversário também jogou, mas foi um prêmio para nós.

    Meus familiares de Salvador são Bahia e todos, doentes que são, sem exceção, disseram que foi uma vitória merecida. Jogamos com personalidade.

    Paret.

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  4. Disse tudo, Paret. Foi um clássico, onde na minha opinião não tinha favorito. E numa jogada individual a classificação foi decidida. Fim... Vida que segue... Não há o que cobrar de um time aguerrido, guerreiro, que não tem bola perdida, que se doa em campo, joga com sangue nos olhos (e literalmente nas pernas, cabeça, nariz etc). Nos resta torcer para que o time entre focado, que não haja deslizes, que não deem brecha para o forte time do Grêmio, e com isso seja selado nosso "destino" (merecido) de irmos para as finais da Libertadores, calando de vez a flapress e sampress, e demais aves de mal agouro.
    Que venha mais um campeão, que estamos prontos para a "pós-graduação".

    SAN


    Alexandre

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    Respostas
    1. Ôpa.. Meu prezado amigo, me desculpe muito mesmo pela demora em moderar o seu comentário. Recebi, há um ano e meio, a incumbência de cuidar da minha mãe de criação (84 aninhos de pura teimosia e pirraça) e a vida do seu brother aqui virou de cabeça p/baixo.

      Isto não vai ocorrer de novo.

      Paret.

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Leia aqui como o Botafogo mudou o rumo da história do esporte no Brasil (e do futebol no mundo).
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