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3 de dez. de 2014

NOVA DIRETORIA - VELHOS MANTRAS

MARCOS PARET


Conforme venho prometendo há dias, segue aqui um breve relato da chegada da nova diretoria ao clube, antes, com várias opiniões do novo presidente divulgadas pela imprensa na última semana.






Sempre evitei cair nesta balela de que dívida mata um clube grande. O que acaba com um clube grande é um conjunto de ações que hoje, não se vê no horizonte de nenhum dos 12 que existem no nosso futebol. É, por exemplo, o desencontro com o seu destino de grande, é uma ou um grupo de ações que, orquestradas em sequência sem a devida atenção ao seu passado, terminam por deixá-lo a mercê de aventureitos, com o afugentamento daqueles que sabem e podem como dirigir seus destinos. O Palmeiras, por exemplo, pode ser rebaixado neste domingo mas sem qualquer encanto, apenas com planejamento, acaba de inaugurar a verdadeira arena de primeiro mundo, única a deixar no chinelo todas as midiáticas padrão Fifa da última Copa do Mundo. Leiam sobre os detalhes da construção e confirmem o que estou falando.

Considerando-se que o América, até 1986 (o ano do início da debacle) foi grande, qual outro clube no país cometeu tantos desatinos, ou melhor, qual clube, da década de 50 para cá, se inseriu entre os 12 grandes para depois sair? Não conheço nenhum. O que fez pior campanha contra as suas nobres origens foi justamente o nosso, entre 74 e 88, mas o que ocorreu foi justamente o fortalecimento da marca pela via do crescimento da torcida.

Nos casos do citado América, do Bangu e, mais recentemente, da Lusa, tratavam-se de equipes de porte médio que, não alçando a condição que outros médios alçaram (Grêmio a partir dos 60), sucumbiram justamente ante este conjunto de ações desencontradas ao qual me referi mais acima.

Claro que podem alegar que as dívidas agora são impagáveis, mas também impagáveis eram aqueles 80 milhões de cruzeiros que devíamos ao INSS, e que resultaram na venda da nossa sede em 1976/77, para que tudo fosse quitado. Ora, os coirmãos deviam isto ou até mais e nenhum deles teve que se desfazer de patrimônio, nenhum deles faliu ou deixou de existir e hoje, novamente, quem deve mais (ou pelo menos, quem parece dever mais) é o nosso clube. De novo.

Só que, a exemplo da balela presidencial mostrada no segundo link (atletas e time de ponta), assunto sobre o qual jogo uma toalha por saber ser nada mais do que galhofa de vencedor empolgado, também agora começo a sentir medo pelo futuro, já que não vejo "equipe econômica" no nosso clube capaz de nos mostrar uma luz. Só galhofas, só promessas vazias e disto, estamos fartos. Com a palavra, os amigos do blog.

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6 comentários:

  1. Paret, sobre a nova gestão, a princípio gostaria de dar um voto de confiança. Confesso que, do pleito ocorrido, fiquei satisfeito pelo candidato da chapa azul não vencer, devido aos apoios que tinha e por ter ficado na gestão Assumpção até quase seu fim.
    Diante das dificuldades enormes vividas pelo clube não tenho, a princípio, qualquer expectativa do que a nova gestão irá conseguir fazer. Expectativa não tenho, mas torcida sim. Com certeza não só eu, mas todos nós torcemos para que o Carlos Eduardo e sua equipe tenham pleno êxito nessa árdua tarefa.
    Nos resta aguardar o desenrolar dos acontecimentos e ir analisando-os como sempre fizemos.
    Um abraço a todos.

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    Respostas
    1. Pois é. Também acho que esta mudança de mentalidade (ou pelo menos a saída de quem estava ligado aos trapalhões anteriores) é benéfica.

      O time na segunda divisão, que a princípio traria o malefício da perda de receitas, hoje, para nós, não é de todo ruim - reforçando-se minimamente este time aí, não faremos feio na segundona. Caso permanecêssemos na primeira divisão, a necessidade de time e um time que não faria nada de mais, seria prejudicial no decorrer do ano, sem apoio de torcida (um time apenas para marcar presença).

      O que reclamo é da empolgação, das promessas tolas.

      Paret.

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    2. Espero que tenham cuidado nas contratações, que devem ser bem analisadas, afinal o clube não tem como e nem pode desperdiçar recursos. Espero, também, que o treinador não permaneça, pois reconhecemos que ele enfrentou problemas, mas também mostrou-se perdido, sem dar um mínimo de padrão, chegando ao cúmulo de escalar 3 volantes e 3 atacantes.
      Concordo, Paret, que nas entrevistas os dirigentes precisam medir suas empolgações e evitar promessas caso não tenham a mínima sinalização de que poderão torná-las realidade.
      Um abraço.

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  2. Olá amigos,

    O ano de 2015 será o de pagamentos dos atrasados, e acredito que o time montado será no máximo mediano porque quem vai querer vir jogar a série B mesmo com a fama de mal pagador?? Estou com o paret, não acredito em promessas como todo político do país, mas boto fé no novo conjunto da diretoria que conseguiremos minimizar os problemas mas se não houver ética, honestidade e transparência o buraco poderá a vir ser mais fundo ainda com o passar dos anos.

    Saudações Alvinegras.

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  3. Boa noite amigos!!!

    Tempos difíceis, mais fico na esperança que essa nova diretoria retire o nosso querido Botafogo do fundo do poço que o Sr MA e seu bando nos deixaram.
    Quanto ao Mancini, eu também pensava exatamente o Candré, depois analisando com calma, este ano vamos ter que aproveitar jogadores deste time rebaixado, da base, apostas, e algumas contratações pontuais, para isso nada melhor que um técnico que conheça o elenco, porém que tenha uma diretoria firme e presente.

    Saudações alvinegras

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  4. Bom dia caríssimos Botafoguenses.

    Agora que o furacão passou, tendo acontecido o que todos nós torcedores do Botafogo sabíamos, com a cabeça mais tranquila, podemos analisar com calma o que nos espera, ou pelo menos achamos que nos espera.

    Fica difícil falar em diretoria nova, pois o novo Presidente já chegou falando merda e depois da ressaca da eleição, vem e diz que a situação é mais preocupante do que ele imaginava. Ora, ele descobriu a pólvora que não faz barulho.

    O que me preocupa realmente é porque tantos candidatos se inscrevem para Presidente de um clube, na situação em que o Botafogo se encontra. Parece eleição de político, que investe um montão, sabendo que se for só do salário vai sair no prejuízo. Mas vamos deixar isso pra lá, porque até prova em contrário o Sr. Presidente tem carta branca, pois pior do que está é impossível.

    Bom, com relação a técnico e elenco, acho sinceramente que deve-se dar uma nova chance ao Mancini. Porquê digo isso, porque ele pegou uma rebordosa do cacete e não teve a mínima chance de provar do que é capaz. Acredito que o Botafogo deve jogar a Campeonato Carioca como laboratório, para se preparar sim para enfrentar a segunda divisão, que talvez seja até mais difícil do que a primeira, devido aos campos em que vai jogar e torcidas apaixonadas que vão ao estádio para torcer mesmo.

    Falar em MA, acho que não vale mais a pena, isso já acabou e para nós torcedores não temos mais o que dizer, e sim ficar de olho no novo, criticar quando necessário e elogiar quando for correto. Somos amantes de um clube que se confunde com a história do futebol e temos muita lenha para queimar, o que é preciso é ter a coragem e principalmente a transparência para mostrar ao que veio. Sendo assim, garanto que a torcida se fará presente e ajudará no que for possível.

    Um grande abraço a todos, e que Deus ilumine esta diretoria para que possa fazer um bom trabalho.

    Obs.: antes que me perguntem, o diretor administrativo não é meu parente. rsrsrsrsrsrsrs

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Leia aqui como o Botafogo mudou o rumo da história do esporte no Brasil (e do futebol no mundo).
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